Em conversa com a reportagem da Campina
FM, o procurador do Ministério Público Estadual Francisco Sagres, que é
integrante do Comitê de Gestão de Recursos Hídricos, afirmou que o MP vai
cobrar do Governo do Estado garantias de segurança hídrica antes que seja
confirmado o fim do racionamento.
“O Ministério Público não é contra o fim do
racionamento. Estamos lutando pelo fim do racionamento, e buscando evitar que
Campina Grande caia num colapso. Nós somos a favor de uma segurança hídrica que
nos permita ter uma paralisação do bombeamento, porque a obra (da transposição)
ainda não está concluída, está em fase de experiência, e a qualquer momento
pode acontecer um incidente e paralisar tudo, como já aconteceram dois”,
comentou.
Segundo o procurador, o Ministério
Público Estadual e o Ministério Público Federal instauraram procedimento para
apurar, junto ao Ministério da Integração, a Secretaria de Recursos Hídricos do
Estado, a Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), a Agência
Nacional de Águas (ANA) e o Dnocs para verificação da viabilidade do fim do
racionamento.
O assunto será discutido durante
audiência pública que acontecerá na próxima terça-feira, 22, com as entidades
citadas, no Ministério Público de Campina Grande.
Questionado pelo repórter Gustavo Xavier
se a Secretaria de Recursos Hídricos, que tem à frente João Azevedo, vai
aceitar alterar a data anunciada para o fim do racionamento, Francisco Sagres
foi enfático ao afirmar que essa decisão está suspensa e dependerá do resultado
da reunião.
Ele deixou claro, ainda, que a decisão
terá que ser técnica.
“Quem
vai dizer do adiamento ou não, não é o secretário, não é ninguém, é a
disponibilidade da água. É isso que vai estabelecer a metodologia da aplicação
dessa norma. Quem define é a quantidade da água que vamos ter no manancial”,
declarou.
IRRIGAÇÃO
O procurador também falou a respeito do
posicionamento do Ministério Público contra a liberação de água para a
irrigação.
“O que nós estamos contra é ao uso dessa água
para outros fins, porque ela se destina ao consumo humano e animal. Não podemos
admitir que o Compartimento da Borborema receba 850 litros de água por segundo,
enquanto quase esse mesmo volume seja retirado para irrigação”, disse.
(Do www.lenildoferreira.com.br)
Pois é, e os coitados que vivem da irrigação que morram de fome não é mesmo doutor?
ResponderExcluirdeveriam ter fiscalização nas grandes obras de construção em Campina Grande, bairros inteiros sendo construído, enquanto ficamos com caixa de água e baldes, e tem locais onde não chega dia algum.
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