O
plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (09/08) uma Proposta
de Emenda à Constituição que torna o estupro um crime
imprescritível.
Isso
significa que não haverá prazo legal para que a vítima possa fazer
a denúncia e o agressor possa ser processado e condenado, se for o
caso.
Hoje,
esse prazo é de 20 anos, após o qual, mesmo que a vítima denuncie,
o autor do crime não pode mais responder por ele.
A
lei atual estabelece que o estupro é crime inafiançável e
hediondo, o que agrava a pena e reduz o acesso a benefícios
relacionados à execução penal.
Apesar
das punições já mais duras, a relatora da matéria, senadora
Simone Tebet (PMDB-MS), disse que o estupro não se iguala a outros
crimes hediondos que têm prazo de prescrição.
Segundo
ela, o que diferencia esse tipo de violência de um crime como
homicídio, por exemplo, é o fato de que a denúncia leva muito mais
tempo para ser feita no caso do estupro.
“O
que diferencia e o que permite a imprescritibilidade do crime de
estupro é o lapso temporal que existe entre o ato cometido, entre o
crime, e o tempo que se leva para que a mulher tenha a coragem de
denunciar. Imagine quando ela tem que denunciar o companheiro, o pai,
o padrasto, o tio. Imagine quando acontece com crianças de 2, de 3,
de 5, de 8 anos de idade”, afirmou.
Além
dos casos de crianças e de situações em que o abuso ocorre dentro
do ambiente familiar, há ainda as situações em que as vítimas têm
vergonha de denunciar porque sofrem preconceito a respeito do local
em que estavam ou da roupa que estavam usando, na opinião da
senadora.
Esse
ponto também foi levantado pelo autor da proposta, senador Jorge
Viana (PT-AC).
“Quando
uma mulher vai denunciar que sofreu um estupro ela vira vítima de
novo, porque perguntam que roupa ela estava usando, se ela tinha
bebido, então até isso nós vamos ter que mudar”,
afirmou.
Para
o senador, a mudança constitucional “manda um recado duro
para os estupradores que fazem do Brasil um país campeão de
estupros, dizendo: 'olha, se você cometer um estupro, a qualquer
momento você pagará por ele'”.
TRAMITAÇÃO
A
PEC vai passar por mais três sessões de discussão antes de ser
votada em segundo turno no plenário.
Se
aprovado, o texto seguirá para a Câmara dos Deputados.
Caso
receba votos favoráveis também por lá, a proposta fará com que
estupro se iguale ao crime de racismo e de organização armada
contra o Estado Democrático de Direito – os únicos
imprescritíveis atualmente.
(Por
Mariana Jungmann/Repórter da Agência Brasil)
Vai se fuder senadores... Crimes sem prescrição uma porra, isso não adianta de nada, eu bateria palmas se vocês tornasse a pena uma pena de morte aí sim... Essa porra aí não muda em nada
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