O ministro de Minas e Energia, Fernando
Coelho Filho, admitiu nesta segunda-feira (30/10) que as contas de luz poderão
ficar ainda mais caras no país.
Questionado se o Comitê de Monitoramento
do Setor Elétrico (CMSE) poderá vir a despachar fora da ordem de mérito, ou
seja, acionar as usinas elétricas sem considerar o menor valor cobrado, ele
admitiu que é uma possibilidade.
“Está
sendo cogitado, decidido não”, declarou o ministro sobre a
possibilidade de o governo passar a autorizar a produção de energia mais cara,
cujo custo será, invariavelmente, repassado ao consumidor.
“Não há um risco mais severo de
desabastecimento, porém vai ter um impacto como já vem tendo na tarifa para o
consumidor”, afirmou.
A mudança está em discussão para
preservar os reservatórios das hidrelétricas, que estão em baixa diante da
falta de chuvas.
Coelho Filho disse que há expectativa de
que a chegada de chuva reverta esta tendência.
Porém, admitiu que as projeções indicam
que o período chuvoso não será suficiente.
Hoje as termelétricas são ligadas dentro
da chamada ordem de mérito, ou seja, são ligadas apenas as termelétricas que
estão dentro de um limite de preço.
O fim dessa ordem liberaria o
acionamento de qualquer termelétrica, o que poderia aumentar a participação da
energia gerada pelas térmicas no total.
A energia termelétrica custa mais caro
que a produzida nas hidrelétricas.
O brasileiro já vem pagando mais caro
pela conta de luz.
A taxa extra cobrada quando a bandeira
tarifária está vermelha aumentou de “3,50 reais” para “5,00 reais” na última
terça-feira.
A conta de novembro já terá essa tarifa extra.
(Por Daniel Silveira, G1)
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