O número de latrocínios (roubos seguidos
de morte) cresceu 57,8% em sete anos no País.
A conclusão está no 11º Anuário do Fórum
Brasileiro de Segurança, que será lançado hoje (30/10) em São Paulo.
De acordo com o estudo, que concentra
estatísticas oficiais das autoridades de segurança dos Estados, em 2016 foram registrados
2.514 assassinatos cometidos durante o ato do roubo ou em consequência dele.
Na edição anterior do estudo, divulgada
em 2010, o número havia sido de 1.593.
Em
19 Estados houve aumento nesse tipo de crime.
Rondônia (124%), Tocantins (73%) e Rio
de Janeiro (70%) foram os Estados com maior crescimento.
No outro extremo, entre as unidades da
federação em que os índices de latrocínio regrediram, as principais quedas
foram em Roraima (45%), Paraíba (28%) e Amapá (23%).
Nos seis estados mais populosos além do
Rio de Janeiro, foram registradas altas em São Paulo (1,2%), Bahia (1,4%),
Paraná (8,3%), Rio Grande do Sul (17,1%) e Pernambuco (45%). Apenas em Minas
Gerais houve recuo, de 10,6%.
Na relação entre o número de latrocínios
e a população, o Pará aparece como o mais violento, com 2,6 casos por 100 mil
habitantes no ano.
Outros quatro Estados superaram o índice
de 2/100mil: Pará, Goiás, Amapá, Amazonas e Sergipe.
Na outra ponta da tabela, Tocantins, São
Paulo, Santa Catarina, Paraíba, Paraná e Minas Gerais ficaram abaixo de um por 100 mil.
A taxa média do país é de 1,2
latrocínios a cada 100 mil habitantes.
Para especialistas, a alta generalizada
tem relação direta com a crise econômica que o País tem enfrentado.
Sem recursos, os estados reduziram os
investimentos em estrutura e pessoal nos últimos anos.
(Terra)
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