Entre 64 milhões de eleitores que já
realizaram o cadastramento biométrico, a Justiça Eleitoral detectou mais de 25
mil títulos de eleitor duplicados, informou a Secretaria de Tecnologia do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O cadastramento biométrico começou em
2008 e é um método que permite identificar o eleitor por meio da impressão
digital.
O objetivo é prevenir fraudes e tornar
as eleições mais seguras porque, segundo o TSE, a identificação biométrica
impede que um eleitor vote no lugar de outro.
De acordo com o tribunal, 44% dos
eleitores fizeram o cadastro. A meta é concluir o cadastramento até 2022.
No total, há 146,3 milhões de eleitores
no país.
Segundo o secretário Giuseppe Dutra
Janino, as duplicidades são identificadas ao se comparar as impressões digitais
de novos eleitores cadastrados com as de eleitores cujas digitais já fazem
parte da base de dados do TSE.
As ocorrências são classificadas em
quatro categorias pelo tribunal – desde erro na própria coleta até falsidade
ideológica (leia sobre todas as categorias mais abaixo).
Em um dos casos detectados, uma única
pessoa, de Goiás, portava 52 títulos de eleitor.
"Isso significa que nós estamos
descortinando uma fragilidade do processo eleitoral brasileiro. Porque para ter
o título de eleitor, essa pessoa precisaria de 52 carteiras de identidade e com
isso poderia tirar 25 CPFs. A fraude não se limita ao processo eleitoral",
explicou Janino.
Todas as ocorrências registradas são
remetidas ao juiz eleitoral da jurisdição na qual o eleitor é cadastrado para
que seja feita a análise das coincidências.
De acordo com cada caso, o juiz pode
determinar o cancelamento de uma ou de todas as inscrições eleitorais e, se
identificada fraude, solicitar a abertura de processo criminal na Polícia
Civil.
CATEGORIAS
DE IRREGULARIDADES
Falsidade
ideológica –
Uma mesma pessoa se registra junto à
Justiça Eleitoral com documentos falsos (CPF, RG etc.), sendo incluída no
Cadastro Nacional de Eleitores com nomes e filiações diferentes.
Duplo
cadastramento –
Um eleitor solicita a transferência do
título para outro domicílio, porém é cadastrado novamente pela Justiça
Eleitoral em vez de ter a inscrição transferida.
Falso
positivo –
O sistema aponta duas pessoas distintas
em uma coincidência das impressões digitais de apenas um ou dois dedos.
Como o sistema é programado, segundo o
TSE, para ter um nível de tolerância extremamente baixo, mesmo que apenas uma
dentre as dez digitais de um eleitor coincida com a de outro, é aberta uma
ocorrência.
Erro
de cadastramento –
Em razão de um eventual erro de
cadastramento, duas pessoas aparecem com digitais semelhantes. Isso faz com que
digitais de um eleitor sejam gravadas no banco de dados como se fossem de outro,
de modo a dois eleitores compartilharem as mesmas impressões digitais.
(Por Alessandra Modzeleski, G1, Brasília)
Eu não acredito em urna eletrônica,porque países de primeiro mundo ainda não adotaram essa maracutaia ! Kkkkkkkkk
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