Operações da polícia federal nos “quatro
cantos do Brasil” nesta terça-feira (07/11) só confirmam o que todo mundo já
sabe: desviar bilhões do dinheiro público é a especialidade de grande parte dos
gestores.
A praga chamada corrupção está
solidificada em todos os estados e parece fazer parte da “cultura” de muitas
administrações.
Nesse roubo infindável a educação, a saúde, a infraestrutura, a pesquisa científica e a segurança pública, por exemplo, sentem “na pele” as ações danosas das milhares de quadrilhas que surrupiam do dinheiro público.
Nesse roubo infindável a educação, a saúde, a infraestrutura, a pesquisa científica e a segurança pública, por exemplo, sentem “na pele” as ações danosas das milhares de quadrilhas que surrupiam do dinheiro público.
DO
PORTAL CORREIO:
OPERAÇÃO
DA PF NA PARAÍBA INVESTIGA DESVIO DE 9 MILHÕES DE REAIS EM RECURSOS DO SUS
A Polícia Federal, em ação conjunta com
o Ministério Público Federal e a Controladoria-Geral da União, deflagrou na
manhã desta terça-feira a “Operação Titânio”, com o objetivo de apurar
irregularidades na contratação e execução de serviços de implantes dentários,
do programa Brasil Sorridente, custeado com recursos do Sistema Único de Saúde
(SUS).
Os valores envolvidos na execução do
programa e objeto de investigação superam o montante de “9 milhões de reais”.
Estão sendo cumpridos oito mandados de
busca e apreensão e seis mandados de condução coercitiva na região do município
de Sumé, todos expedidos pela 11ª Vara Federal da Subseção Judiciária de
Monteiro.
Participam da operação policial 35
Policiais Federais e 6 Auditores da CGU e a investigação tramita sob segredo de
justiça.
As investigações do esquema estão sob
segredo de justiça.
Por isso, a Polícia Federal não agendou
coletiva de imprensa para apresentar os resultados da operação.
A divulgação dos dados só acontecerá se
o sigilo for afastado.
DO
G1 TOCANTINS:
PF
FAZ OPERAÇÃO CONTRA FRAUDE EM LICITAÇÕES PARA A COMPRA DE PRÓTESES MÉDICAS EM 9
ESTADOS E NO DF
A Polícia Federal realiza a operação Marca-passo
na manhã desta terça-feira para investigar um esquema de corrupção que fraudava
licitações no Tocantins.
Segundo a polícia, o objetivo era a
aquisição de medicamentos como órtese, prótese e materiais especiais de alto
custo para o sistema de saúde.
Cerca de 330 policiais federais cumprem
mandados judiciais, sendo 12 mandados de prisão temporária, 41 de condução coercitiva
contra empresários e 84 mandados de busca e apreensão nos estados do Tocantins,
Distrito Federal, São Paulo, Goiás, Paraná, Bahia, Ceará, Pará, Mato Grosso e
Mato Grosso do Sul.
Todos os mandados foram expedidos pela
4ª Vara Criminal Federal de Palmas.
Segundo a PF, a investigação começou
quando os sócios da empresa Cardiomed foram presos em flagrante por terem
fornecido à Secretaria Estadual de Saúde produtos destinados a fins
terapêuticos ou medicinais que estavam com prazos de validade de esterilização
vencidos.
O G1 tenta contato com a defesa da
empresa citada.
Ainda conforme a PF, depois das prisões
foi descoberto um esquema de corrupção destinado a fraudar licitações do Estado
do Tocantins, por meio do direcionamento de licitações.
As investigações apontam que o esquema
beneficiava empresas, médicos e empresários do ramo, e ainda funcionários
públicos da área de saúde.
As pessoas investigadas poderão
responder pelos crimes de corrupção passiva e ativa, fraude à licitação,
associação criminosa, dentre outros.
O nome da operação faz alusão a um dos
itens mais simbólicos e conhecidos da área de cardiologia, o marca-passo.
A polícia disse que esse era um dos
equipamentos que integravam editais “fraudados” nas licitações.
As prisões dos dois sócios da Cardiomed
aconteceram em maio do ano passado.
Na época, a empresa estava sendo
investigada por fraudar etiquetas de validade de materiais cirúrgicos.
Por causa da suposta adulteração nos
produtos, as cirurgias no Hospital Geral de Palmas ficaram suspensas.
A empresa foi denunciada pela Secretaria
de Saúde depois que funcionários do Hospital Geral de Palmas (HGP) perceberam
que os lacres de validade dos produtos estavam adulterados. Segundo a
secretaria, a empresa fornecia produtos vencidos, mas falsificada a etiqueta
colocando outra data de vencimento.
Os materiais eram usados em pacientes
que faziam procedimentos no coração, como angioplastias, cateterismos e
implantes de marca-passos, no maior hospital público do Tocantins, o HGP.
DA
TV GLOBO, BRASÍLIA*:
PF
FAZ OPERAÇÃO PARA AFASTAR TRÊS PREFEITOS BAIANOS SUSPEITOS DE FRAUDAR CONTRATOS
QUE SOMAM 200 MILHÕES DE REAIS
A Polícia Federal realiza nesta
terça-feira uma operação para afastar os prefeitos de Porto Seguro, Eunápolis e
Santa Cruz Cabrália e cumprir mandados de prisão, busca e apreensão e condução
coercitiva – que é quando alguém é levado para depor.
As investigações apontam que, com o
auxílio de familiares, Claudia Oliveira (PSD), de Porto Seguro, José Robério
Batista de Oliveira (PSD), de Eunápolis, e Agnelo Santos (PSD), de Santa Cruz
Cabrália, teriam fraudado contratos que somam “200 milhões de reais”.
Claudia Oliveira e José Robério são
casados.
O secretário de comunicação da
prefeitura de Porto Seguro, César Aguiar, informou ao G1 às 7h20 que ainda não
tem conhecimento sobre a operação e que tenta contato com a prefeita e com a
Procuradoria Geral do Município.
A assessoria da prefeitura de Eunápolis
informou que está sabendo da operação, mas ainda não tem posicionamento e tenta
falar com o prefeito Robério Oliveira.
Já o assessor da prefeitura de Santa
Cruz Cabrália disse que ainda não tem informações e que deve emitir uma nota
assim que tiver o posicionamento.
Segundo os investigadores, os três
prefeitos da região sul do estado – que além de terem sido afastados dos cargos
por ordem da Justiça Federal ainda são alvos de mandados de condução coercitiva
– utilizavam, desde 2009, empresas de parentes para simular licitações e
desviar dinheiro de contratos públicos.
A PF chegou a pedir a prisão dos três
prefeitos, mas o Tribunal Regional Federal da 1ª Região negou.
Os policiais afirmaram que foi
organizada uma "ciranda da propina"
nos três municípios baianos, em razão do rodízio que era feito entre as
empresas envolvidas no esquema de corrupção para vencer as licitações e tentar
"camuflar" as irregularidades.
A Polícia Federal destacou que, em
muitos casos, os suspeitos "chegavam ao extremo" de repassar a
totalidade do valor contratado a outras empresas do grupo familiar na mesma
data em que as prefeituras liberavam o dinheiro.
Por conta do uso de familiares para
cometer as irregularidades, a operação da PF foi batizada de Fraternos.
Os investigados, conforme a Polícia
Federal, irão responder pelos crimes de organização criminosa, fraude a
licitações, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
Ao todo, a Justiça Federal expediu 21
mandados de prisão temporário (de até cinco dias), 18 de condução coercitiva e
42 de busca e apreensão.
As ordens judiciais estão sendo cumpridas
na manhã desta terça-feira na Bahia, em São Paulo e em Minas Gerais.
Cerca de 250 policiais federais atuam na
Operação Fraternos com o auxílio de 25 auditores da Controladoria-Geral da
União (CGU) de integrantes do Ministério Público Federal.
O ESQUEMA DE CORRUPÇÃO
De acordo com as investigações da PF, as
prefeituras de Porto Seguro, Eunápolis e Santa Cruz Cabrália contratavam
empresas ligadas a familiares dos prefeitos para "fraudar
investigações", simulando uma competição entre elas pelos contratos
públicos.
Após a contratação das empresas, afirma
a Polícia Federal, parte do dinheiro repassado pelas prefeituras era desviado,
por meio de "contas de passagem" registradas em nome de terceiros
para tentar dificultar a identificação dos beneficiários finais.
Os investigadores apuraram que, na
maioria das vezes, o dinheiro desviado dos cofres dos três municípios baianos
retornavam para os integrantes da suposta organização criminosa.
A PF destaca que a empresa de um dos
prefeitos investigados era utilizada para lavar as propinas.
Os policiais não informaram qual dos
prefeitos era proprietário da empresa que virou uma espécie de lavanderia do
grupo.
VÍDEO POLÊMICO
Em um vídeo de 2012 divulgado pelo
jornal O Globo, a prefeita de Porto Seguro simula um discurso político e fala
em desvio de recursos públicos.
Claudia diz que iria construir uma ponte
que custaria “2 bilhões de reais”, e que ela ficaria com “1 bilhão".
À época, ela era deputada estadual, mas
já concorria à prefeitura de Porto Seguro.
Dois meses depois, ela foi eleita para
esse primeiro mandato. Nesse vídeo, ela simula, aos risos, um discurso
político, e fala em desvio de dinheiro público.
Ela é alertada que está sendo gravada e
continua falando em desviar dinheiro e rindo.
"- Eu colocarei emendas, farei projeto para uma ponte que vai beneficiar
toda a comunidade. Uma ponte onde serão investidos dois bilhões. Um bilhão eu
fico (risos).
- Ô, ‘tá’ gravado, hein?
-
(risos)
- Ô, eu ‘tô’ escutando aqui.
-
(risos)
- ‘Tá’ gravado tudo aqui, viu?”
À época da divulgação do vídeo, Claudia
Oliveira alegou que o aparelho foi furtado e que no trecho em que ela teria
falado sobre o desvio de “1 bilhão de reais” alguma pessoa teria feito
alteração no que realmente ela teria dito.
Ela ainda afirmou que tudo teria sido uma brincadeira e que era alvo de calúnia para atrapalhar a candidatura dela na época.
Ela ainda afirmou que tudo teria sido uma brincadeira e que era alvo de calúnia para atrapalhar a candidatura dela na época.
(*Tv Globo Brasília - Por Ana Paula Andreolla)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.