Com o início da vigência da nova lei
trabalhista neste sábado (11/11), a contribuição sindical obrigatória, que era
cobrada no valor de um dia de salário de cada trabalhador, deixa de existir e,
por conta disso, deverão desaparecer mais de três mil sindicatos.
A avaliação
foi feita pelo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, em entrevista ao G1.
Atualmente, segundo o ministro, há
aproximadamente de 16.800 sindicatos no Brasil, dos quais 5.100 são patronais.
O restante, 11.300, representa os
trabalhadores.
"Eu acredito que deverá reduzir em
30% dos 11,3 mil sindicatos [dos trabalhadores]", declarou o
ministro.
Segundo Nogueira, essa redução vai
acontecer porque parte dos sindicatos vai se fundir a outros.
Segundo Ronaldo Nogueira, os sindicatos
dos trabalhadores que tendem a desaparecer são aqueles que não realizaram, nos últimos
três anos, acordos coletivos, considerados por ele como uma das "razões
fundamentais da organização sindical".
"A grande realidade é que o
movimento sindical no Brasil vai ter de olhar para dentro e vai ter de se
reconstituir no sentido de voltar a ter representação sindical por categoria.
Para que os acordos coletivos de trabalho, que tenham força de lei, possam ser
deliberados por um sindicato forte. E que realmente ofereça uma contraprestação
ao trabalhador, que vai contribuir com alegria", declarou.
ACORDO
COLETIVO
O ministro do Trabalho afastou a
possibilidade de ser instituído um período de transição para o fim da
contribuição sindical obrigatória, pelo qual ela continuaria valendo por algum
tempo, sendo extinta posteriormente.
Segundo ele, a nova lei trabalhista, que
prevê o fim da obrigatoriedade, será respeitada.
"Aquilo que foi aprovado, está
consolidado", declarou.
Ronaldo Nogueira informou que sua
proposta é que os trabalhadores possam, em assembleia, fixar um valor de
contribuição para subsidiar as despesas dos sindicatos nas ações para fechar
acordos com as empresas.
Mas o ministro do Trabalho explicou que,
mesmo sendo definida em assembleia, essa contribuição não seria obrigatória.
"O trabalhador que entender que
não deve contribuir, tem que se manifestar. Dizendo 'não concordo em pagar e
não vou pagar'".
Nogueira avaliou que a contribuição
sindical obrigatória representa um "valor
significativo" para os sindicatos, mas disse que eles têm outras
formais levantar recursos para custeio.
"Engana-se quem pensa que os
sindicatos sobrevivem por conta somente da contribuição obrigatória. É um valor
significativo, mas há sindicatos que têm uma contraprestação de serviços para o
trabalhador reconhecida. E esses sindicatos vão se fortalecer. E o trabalhador
vai ser mais participativo nos acordos coletivos de trabalho",
concluiu.
(Por Alexandro Martello e Fabio Amato,
G1, Brasília)
Graças a Deus que vai fechar
ResponderExcluirPois nao serve pra nada.
Fecham nada. Quando os empregados começarem se ferrar na mão dos empregadores, vão ver que arcar com despesas advocatícias sozinhos sai muuuito mais caro.
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