A Divisão de Homicídios em Campina
Grande desvendou um dos crimes mais brutais praticados contra uma mulher este
ano no município.
O acusado foi preso, confessou o assassinato
e deu detalhes de como matou uma jovem com quem teve um relacionamento por
cerca de dez meses.
Ele é Émerson Martins de Lima, “merso”, de
20 anos de idade, morador do distrito Galante.
A vítima foi Cristiana Ataíde, de 24,
que morava em Santa Rita, na grande João Pessoa.
Ela foi assassinada com golpes de punhal
e pedradas.
O acusado cuidou de enterrar o corpo
numa cova rasa dentro uma mata às margens da BR 230, próximo à entrada de
Galante.
Cristiana desapareceu em junho da casa
de familiares em Tibiri, Santa Rita.
A PC descobriu a ossada no dia 13 de outubro.
A prisão do acusado ocorreu às 05h00
desta quarta-feira (08/11) e foi realizada pela delegada Ellen Maria e equipe.
SEM
PISTAS
A dificuldade de se desvendar este homicídio
estava presente desde o seu nascedouro.
A vítima não era Campina Grande, não
existia boletim de ocorrência na cidade dando conta do desaparecimento de uma mulher,
não havia procura por mulher desaparecida, não havia denúncia desse crime, não
havia praticamente nada na área da 2ªSRPC.
O desaparecimento de Cristiana foi
reclamado na seccional de Sapé, na Zona da Mata, fora completamente da circunscrição
da Regional de Campina.
A
OSSADA
Na tarde do dia 13 de outubro a
Delegacia de Homicídios recebeu informação sobre o encontro de uma ossada
dentro da mata.
No local, além de ossada, os policiais encontraram
um punhal quebrado, roupas, restos de cabelo, pulseira e um par de sandálias,
levando a crer que se tratava de uma mulher, mas nada que, naquele momento apontasse
um autor e identificasse a vítima.
A partir de então os policiais começaram
buscar, junto às seccionais de todo o estado, informações sobre o desaparecimento
de alguma mulher.
A polícia chegou a Cristiana.
Familiares dela foram localizados e reconheceram
os pertences da jovem.
O
CRIME DESVENDADO E CONFISSÃO
Com as investigações aprofundadas, os
policiais chegaram ao nome do acusado.
O disque denúncia 197 também auxiliou.
A identificação e localização do culpado
foi só uma questão de dias.
Emerson confessou que entrou em contato
com ela e marcou um encontro.
Cristiana “pegou” um transporte alternativo
e veio para Galante.
Desceu às margens da BR onde Emerson já
a esperava.
Isto ocorreu pela manhã.
No depoimento que deu à polícia ele
afirmou que conversaram um pouco.
“Ele recebeu fotografias onde aparecia
Cristiana abraçada com um homem e procurou saber o que era aquilo. Ela
respondeu que não tinha nada a ver”, informou a delegada Ellen Maria.
Isto motivou o crime.
Ele aplicou três golpes de punhal no
pescoço da jovem.
Usou também a pedra como arma.
Após matá-la saiu do cenário do
homicídio, depois voltou com uma pá para cavar a cova e enterrar o corpo.
O local onde ele ocultou o cadáver fica a
quase um quilômetro de distância da BR.
Ainda de acordo com a delegada Ellen
Maria, Emerson afirmou que por diversas vezes sentiu vontade de visitar a cova
onde havia enterrado Cristiana.
O acusado vai responder por homicídio triplamente
qualificado (feminicídio, praticado por motivo torpe e crime praticado à
traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte
ou torne impossível a defesa da vítima), e ocultação de cadáver.
CRISTIANA
Ela foi abusada sexualmente pelo padrasto
quando tinha onze anos.
Cristiana era mãe de cinco filhos de vários relacionamentos.
(Todas informações têm como fonte a PC)
Cristiana era mãe de cinco filhos de vários relacionamentos.
(Todas informações têm como fonte a PC)
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