A grávida que foi morta e teve a filha
retirada da barriga por uma mulher em Uberlândia nesta terça-feira (05/12)
estava viva na hora do parto.
A informação foi passada durante
coletiva nesta quarta-feira (6) pelo delegado da Polícia Civil, Rafael Herrera.
Em depoimento, Aline Roberta Fagundes
afirmou que tomou a atitude porque queria manter perto o homem por quem estava
apaixonada e dar um filho a ele.
Herrera relatou que a suspeita deu
várias versões do crime e que acredita que ela tenha agido sozinha.
Gabrielle Barcelos Silva tinha 18 anos e
estava grávida de oito meses.
Ela era conhecida de Aline Fagundes e na noite do
crime tinha ido à casa dela, no Residencial Monte Hebron, após uma promessa de
ganhar roupas de bebê.
Mas ela foi dopada e teve a criança
retirada com um estilete da barriga
O corpo foi encontrado caído no quintal
da casa pelo filho da suspeita, que acionou a polícia.
A bebê foi socorrida e levada para o
Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), onde
permanece internada em estado grave.
"POR
AMOR"
"Eu gosto demais dele e ele entrou
na minha vida em um momento decadente. Eu fiz por amor, mas não fiz sozinha",
declarou Aline.
A mulher de 37 anos disse ao G1 que
cometeu o crime por amor ao companheiro, confrontando então a investigação da
polícia.
Segundo Aline Fagundes, ela contou com a ajuda do marido e de outro
homem.
Em um dos primeiros depoimentos, a
suspeita do crime afirmou que o companheiro, de 34 anos, sabia de todo o plano
e que ajudou a esconder o corpo da vítima.
Mas ele negou participação e declarou
que antes de sair do trabalho ouviu de Aline que a filha dos dois nasceria na
terça-feira.
O homem chegou a ser detido na noite de
terça, mas em seguida foi liberado e segue sendo investigado pela Polícia
Civil, que pretende encerrar o inquérito em até dez dias.
INVESTIGAÇÃO
E VERSÕES
Durante a coletiva da Polícia Civil, o
delegado Rafael Herrera informou que Aline Fagundes está presa preventivamente
por homicídio qualificado, abordo sem consentimento da gestante e ocultação de
cadáver.
Ela já foi encaminhada para o Presídio
Professor Jacy de Assis em Uberlândia e aguarda os próximos passos do
inquérito.
Sobre os depoimentos, Herrera contou que
a suspeita mudou a versão do crime várias vezes.
"Desde que foi presa ela mudou
quatro vezes e mente de maneira convicta. A última versão ela envolveu mais
pessoas no crime, no entanto, ainda não tem nenhum elemento que o marido ou
outra pessoa auxiliou no caso. A Aline se envolveu em um amor doentio e estava
fazendo de tudo para manter o marido, por isso inventou um golpe da barriga,
não conseguiu engravidar e realizou o assassinato", disse.
O delegado também informou que o casal
se conheceu pela internet e que tinha um relacionamento desde fevereiro.
Há duas semanas eles separaram e o homem
estava morando com familiares.
CRIME
O homicídio ocorreu no Residencial Monte
Hebron na tarde de terça-feira.
A vítima de 18 anos foi encontrada pelo
filho da suspeita do crime que, ao chegar à residência, viu um corpo enrolado
em um colchão que estava no quintal, além de várias marcas de sangue pelos
cômodos.
O adolescente de 14 anos estava sozinho
na casa e chamou a polícia.
A Polícia Militar (PM) explicou que, no
mesmo momento em que foi acionada pelo adolescente, também recebeu informações
do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) sobre
uma mulher e um bebê que deram entrada no hospital.
A paciente disse que deu à luz em casa
sozinha.
No entanto, os médicos desconfiaram da história, pois avaliaram que,
dadas as condições físicas apresentadas pela mulher, seria impossível que ela
tivesse passado por um parto em casa no mesmo dia.
O casal não têm antecedentes criminais e
até a publicação desta reportagem não havia sido constituído advogado de defesa
para Aline Fagundes.
Na coletiva desta quarta-feira, o
delegado Rafael Herrera comentou que, acredita que após atrair a gestante de oito
meses até a casa onde mora prometendo doar roupas de bebê, Aline Fagundes dopou
a jovem com tranquilizantes e usou um estilete para abrir a barriga dela e
retirar a criança.
"Ela monitorou as grávidas do
bairro e por cerca de três semanas começou conquistar a confiança de Gabriele",
acrescentou.
Herrera também comentou que a todo o
momento a suspeita falava por WhatsApp com o companheiro que estava em trabalho
de parto e chegou a mandar foto da bebê após o nascimento.
Agora, os celulares deles serão periciados.
Bebê
Sophia
A criança que está sendo chamada de
Sophia segue internada em estado grave na UTI Neonatal do HC-UFU sob a
responsabilidade da família de Gabrielle.
Um dia antes de morrer, a jovem
publicou no Facebook sobre a ansiedade da espera pela primeira filha.
"[...] No começo me assustei, mas
logo fui acostumando e hoje sou a mulher mais completa do mundo por estar te
carregando minha filha. Falta pouco para poder ver seu rostinho, te acariciar
mais do que tudo nesse mundo, ver seu papai babando por você, porque sei que
ele será um ciumento que dói com você, minha filha. Estamos te esperando aqui.
[...] Falta pouco pra te conhecer, minha princesa", escreveu
Gabrielle na publicação.
(Por G1).
EM
2012 UM CASO SEMELHANTE
A Polícia Civil do Amazonas prendeu, em
Manaus, em setembro de 2012 uma mulher acusada de ter aberto a barriga de uma
grávida para tentar roubar o bebê.
O crime cometido pela empregada
doméstica Dayana Pires dos Santos, 21 anos, causou espanto até entre os
policiais que trabalharam no caso.
Ela teria dominado Odete Pego Barreto,
22 anos, atingindo-a com uma tábua de cortar carne.
Depois abriu a barriga de Odete, grávida
de nove meses, usando uma lâmina de barbear, retirando o bebê, numa cesariana
forçada.
O caso aconteceu na residência de
Dayana, localizada no bairro Mauazinho, zona sul de Manaus.
Segundo a polícia, a doméstica
premeditou o crime.
A mãe foi internada em estado grave no
Hospital João Lúcio, na zona leste da capital do Amazonas e sobreviveu.
Dayana foi presa ainda em flagrante e o
bebê está internado no mesmo hospital, mas não corre risco de vida.
De acordo com informações da polícia,
Dayana confessou que tentou tirar o filho da vítima à força porque "teve
medo de perder o marido" depois que descobriu não estar grávida.
Ela teria conhecido Odete ainda nas
consultas de pré-natal realizadas em uma unidade de saúde localizada no bairro
onde mora.
"Ela disse que estava com mais de
seis meses e que não tinha enxoval. Falei para ir até minha casa que eu daria o
que tinha comprado", disse Dayana durante seu depoimento à
polícia.
Ela explicou como fez a cesariana à
força.
"Eu bati na cabeça dela com uma
tábua de cortar carne. Ela caiu e eu usei uma lâmina de barbear para fazer o
parto", confessou Dayana.
O marido de Dayana, José Lira de
Oliveira, 32 anos, informou à polícia que acreditou na gravidez da esposa
"porque ela apresentava uma barriga grande".
Odete foi encontrada por uma vizinha,
que entrou na casa procurando roupas para levar à maternidade.
A vítima estava nos fundos da casa
coberta por papelão.
(Terra)
Nâo dá nem pra acreditar...
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