Como explicar a sensação de pessoas com
mais de sessenta anos idade, que depois de passar dois anos na universidade, concluem
o curso, se formam, colam grau?
É indescritível!
80 alunas e alunos de 60 a até 83 anos
de idade tiveram esse momento na tarde desta quinta-feira (07/12) na UEPB, em
Campina Grande.
São os formandos do período 2015.2 que fizeram
parte de mais uma turma da Universidade Aberta à Maturidade – UAMA.
A colação de grau aconteceu no Ginásio
de Esportes da Faculdade de Educação Física, em Bodocongó.
Ali, naquele momento, o olhar brilhante
de cada uma dessas pessoas, superou as angústias, as dores, os infortúnios, as
perdas e as dificuldades impostas ao longo dos anos.
A educação transforma as pessoas, o
tempo às amadurece.
“Esse momento que a gente denomina colação de
grau tem um conteúdo essencialmente simbólico porque nós não podemos ficar com
a pessoa a vida inteira na universidade. Então a gente tem que transformar a
participação dessas jovens senhoras, desses jovens senhores em um ciclo e esse
momento (colação de grau) representa isso: o fechamento do ciclo. O que a gente
espera é que essa vivência de dois anos na universidade se transforme num novo
ciclo na vida dessas pessoas. Ou seja: que o aprendizado daqui possa se
reproduzir na vida cotidiana, mas também levando essa experiência a outras
pessoas”, disse o professor Rangel Júnior, reitor da Universidade Estadual
da Paraíba, paraninfo dos concluintes.
A Coordenadoria Institucional Especial
para a Formação Aberta à Maturidade informa que a UAMA “objetiva atender a
demanda educativa de idosos a partir dos 60 anos de idade, contribuindo na
melhoria das capacidades: pessoais, funcionais e socioculturais, por meio da
formação e atenção social, que visa criar e dinamizar regularmente atividades
educacionais, sociais, culturais e de convívio, favorecendo a melhoria na
qualidade de vida”.
O reitor acrescentou que “do
ponto de vista que este projeto opera na vida das pessoas, é algo fenomenal. A
universidade não tem condições de receber todo mundo que poderia, que deveria
receber ou que gostaria de participar do projeto, mas a gente espera que as
pessoas que consigam participar da UAMA possam também reproduzir este
aprendizado, levar para os outros e dizer: ‘a vida vale enquanto puder ser vivida’
e transformar isto numa experiência de fato; de qualidade de vida. Não é vida
produtiva. É vida!. E vida é isso: ter vontade, é poder pulsar, de gostar de viver
a vida”.
O coordenador e orientador do curso,
professor Manoel “Mano” Ferreira, afirmou que “todos os professores que
ministram aula na UAMA dizem que tem uma essência mais forte do que na
graduação. Existe aqui uma participação e uma interação maior. A maturidade faz
com que aprendamos com eles. É uma troca. Nós não só ensinamos. A troca de
conhecimento é muito grande com esses alunos de 60, 70, 80 anos”.
Para exemplificar ele citou um caso em
Lagoa Seca envolvendo um professor de agroecologia e um idoso do sítio:
“O professor foi ministrar um conteúdo e um
idoso ‘não letrado’ disse: ‘professor, eu trabalho isso no meu sítio’! E deu
uma aula no lugar do professor. O educador por sua vez afirmou que ‘com meu doutorado
eu não tenho a bagagem que você tem com a experiência da sua vida’. Então a UAMA
também é isso, uma troca de experiência”.
Ainda de acordo Coordenadoria Institucional Especial para a Formação Aberta à Maturidade, a UAMA “possibilita aos idosos à participação em aulas de formação especial aberta à maturidade, aprofundando seus conhecimentos em diversas áreas como: saúde, educação, ciências agrárias, direito, letras, pedagogia, tecnologia, cultura, lazer e temas relacionados ao envelhecimento humano. O curso tem duração de quatro semestres (dois anos) e é composto por disciplinas obrigatórias e optativas distribuídas em 4 eixos. As disciplinas e eixos temáticos são adequados às realidades regionais e específicas de cada Campus”.
Ainda de acordo Coordenadoria Institucional Especial para a Formação Aberta à Maturidade, a UAMA “possibilita aos idosos à participação em aulas de formação especial aberta à maturidade, aprofundando seus conhecimentos em diversas áreas como: saúde, educação, ciências agrárias, direito, letras, pedagogia, tecnologia, cultura, lazer e temas relacionados ao envelhecimento humano. O curso tem duração de quatro semestres (dois anos) e é composto por disciplinas obrigatórias e optativas distribuídas em 4 eixos. As disciplinas e eixos temáticos são adequados às realidades regionais e específicas de cada Campus”.
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