Em palestra no centro de estudos Brazil Institute, em Washington, o
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), afirmou nesta quarta
(17/01) que o Bolsa Família "escraviza as pessoas" e criticou as
políticas sociais dos governos petistas de Lula e Dilma Rousseff.
"Criar um programa para escravizar
as pessoas não é um bom programa social. O programa bom é onde você inclui a
pessoa e dá condições para que ela volte à sociedade e possa, com suas próprias
pernas, conseguir um emprego", disse Maia.
Para o deputado, o Bolsa Família gera "dependência"
e "atrela as pessoas ao Estado" ao não oferecer uma porta de saída – ou
seja, um emprego ou uma possibilidade de
estudo.
Maia, que aspira a disputar a
Presidência pelo DEM, negou que seja candidato no momento – mas adotou um discurso combativo em relação à
crise fiscal e defendeu a "reestruturação do Estado brasileiro", por
meio de reformas como a da previdência.
O deputado fez críticas a políticas
sociais que chamou de "sobrepostas" e "improdutivas", e
disse que elas precisam ser avaliadas em relação ao seu resultado.
Ele citou em especial o Minha Casa Minha
Vida, dizendo que foi "um projeto social mal feito" por não ser
acompanhado de outras políticas públicas, como geração de renda para as
famílias beneficiadas, saneamento básico e instalação de escolas ou postos de
saúde nas proximidades dos conjuntos habitacionais.
"Isso vai acabar transformando
esses ambientes como o que houve no Rio de Janeiro, com a Vila Kennedy e a
Cidade de Deus", disse.
Maia não chegou a defender, porém, o fim
do Bolsa Família, que qualificou como "um programa liberal, que garante
igualdade de condições, mas não da forma como foi conduzido pelo PT".
CAMPANHA
Apesar de reticente a admitir uma
eventual candidatura, Maia afirmou se colocar como um político de centro, que
definiu como "um ponto onde as pessoas entendem a importância do
diálogo", e não "uma posição entre a esquerda e a direita".
Para ele, o candidato que defender
reformas do Estado – algo pelo que
advogou por inúmeras vezes durante sua palestra - "tem toda a
condição de ser um candidato competitivo".
"Não necessariamente um candidato
do presidente [Michel Temer], mas um que defende reformas", disse.
Ainda não está claro quem será o
candidato governista ao Planalto, com o apoio de Temer.
No governo, Maia disputa o posto com o
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que também flerta com a Presidência.
Na palestra, Maia defendeu um ajuste
estrutural das contas públicas, além de uma abertura comercial do mercado e sua
integração com cadeias globais de produção.
"A boa notícia é que o dinheiro
acabou, o que está forçando os debates sobre as prioridades da política
pública. Vamos combinar que essa é uma boa notícia. O país vai ter que avaliar
e identificar o que funciona", disse.
Maia fez críticas às "velhas
formas de condução da política econômica" adotadas no governo de Dilma
Rousseff (PT), com "a volta do velho Estado interventor".
Ele defendeu também a simplificação das
alíquotas e restrições tarifárias no comércio internacional, além de
investimento em infraestrutura para melhorar a competitividade brasileira.
(Estelita Hass Carazzai, de Washington/Folha
de São Paulo)
Será que esse ipócrita,nâo está com medo do Lula?
ResponderExcluirO que escravizar o povo e esses ladrão que tar nu poder enganando o povo brasileiro, esse é outro que quer entrar na mídia doido pra mamar no jumento vá se fuder.
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