Por Antônio Pereira*
No recesso parlamentar o presidente
Maia, em missão oficial, dá uma de emissário.
Vai entregar o Brasil aos investidores americanos
e outros mais. Negócio de colonos submissos mesmo.
Enquanto isso, aqui no Brasil ministros
temerários ficam “investindo” nos deputados baixo clero, nos do alto clero, nos frentistas, nos cabeças
brancas, nos cabeças pretas... para “convencer”, cada um, pela votação da Reforma da
Previdência.
E estes, por sua vez, estão visitando suas bases, articulando suas
reeleições.
Pra começar, a reforma da previdência
vira assunto de interesse do mercado financeiro internacional.
O presidente Maia foi avisar aos gringos
que está trabalhando para entregar a encomenda orientada pelo Banco Mundial
desde novembro último.
O entregador-mor faz de conta que não
sabe que o rombo da política fiscal poderia ser corrigido a partir da revisão
da nossa dívida pública e sua política de juros.
Prefere mesmo é fechar os olhos aos
trabalhadores e atender a receita de superávit primário de 5% do PIB anual,
comprimindo as despesas de quem paga a conta e, garantindo as receitas dos
rentistas banqueiros.
Achando pouco, foi assegurar que vai
entregar também o Pré-sal e o setor elétrico.
Sinceramente, é um retrocesso e uma
entrega sem precedentes na história do
Brasil.
O prejuízo que este desgoverno está
provocando faz corar de vergonha todos os envolvidos com o mensalão, lava jato
e outras maldades impostas à população nestes 500 anos de colônia que vivemos.
Somente a isenção de impostos às multinacionais que explorarão o pré-sal,
retirará dos brasileiros cerca de R$ 1 Trilhão.
Já quanto a Reforma Tributária – RT, a
preocupação não é com quem paga a conta, ou seja, o assalariado que é
responsável por 41,2% de toda carga, proveniente de bens e serviços.
Para o presidente da Câmara o enfoque da
RT deve ser com o olho nas despesas,
mantendo arrecadação em alta e, sem prejuízos a setores da economia.
Leia-se, sem prejuízo aos detentores de
capital em relação ao mercado internacional.
Por fim, o deputado maior, dá uma de
“bicho papão”; “se não reduzirmos as despesas teremos de volta a hiperinflação e a
falta de credibilidade.”
Não tenhamos dúvida que a lógica é
verdadeira, conduto, que seja praticada a partir de uma estratégia de justiça
fiscal: quem pode mais, contribui mais.
Afinal, quem pode menos é que já está
pagando mais; seja pelos tributos, seja pela falta de serviços públicos.
*Antônio Pereira já foi vereador em
Campina Grande e presidente do Sindifisco/Pb.
Hoje é vice-presidente da Afrafep
– Associação dos Auditores Fiscais do Estado da Paraíba e auxiliar parlamentar
em Brasília na Febrafite – Federação Nacional dos Auditores Fiscais Estaduais
do Brasil e Auditor Fiscal Estadual - PB
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