Primeira Turma do Supremo Tribunal
Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (17/04) receber a denúncia contra o
senador Aécio Neves (PSDB-MG) por suposta prática de corrupção passiva e
obstrução de Justiça.
Com isso, o senador será transformado em
réu pela primeira vez.
Por unanimidade, os cinco ministros da
turma (Marco Aurélio Mello, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Rosa Weber e
Alexandre de Moraes) admitiram a abertura de processo por corrupção e, por 4
votos a 1, por obstrução de Justiça – neste caso, o único voto contrário foi o
de Alexandre de Moraes.
Com a aceitação da denúncia, Aécio passa
a responder ao processo penal na condição de réu e poderá contestar a acusação
com novas provas.
Só ao final da ação poderá ser
considerado culpado ou inocente, em julgamento a ser realizado pela mesma turma
do Supremo. Terminado o julgamento, o senador afirmou que provará a 'absoluta
legalidade e correção' de seus atos.
Junto com o parlamentar, foram
denunciados pela PGR e também responderão como réus a irmã dele, Andréa Neves
da Cunha, o primo Frederico Pacheco de Medeiros e Mendherson Souza Lima,
ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrela (MDB-MG), todos por corrupção.
Aécio foi acusado em junho do ano
passado, em denúncia da Procuradoria Geral da República, de pedir propina de R$
2 milhões ao empresário Joesley Batista, dono da J&F, em troca de favores
políticos; e também de tentar atrapalhar o andamento da Operação Lava Jato.
Uma conversa entre os dois foi gravada
pelo empresário. Andréa Neves teria pedido o dinheiro a Joesley e os outros
dois acusados teriam recebido e guardado quatro parcelas de R$ 500 mil em
espécie.
O julgamento começou no início da tarde
com as manifestações da acusação e da defesa do parlamentar.
O advogado de Aécio, Alberto Zacharias
Toron, contestou as acusações de corrupção e obstrução de Justiça.
O subprocurador da República Carlos
Alberto Coelho, responsável pela acusação, disse haver “farto material probatório”
para incriminar o senador.
Após as manifestações da procuradoria e
dos advogados, os ministros rejeitaram, por unanimidade, um pedido da defesa
para ter acesso a provas que integram outras investigações, relacionadas a
Marcello Miller.
Depois, negaram o fatiamento do caso
para enviar à primeira instância as acusações contra Andréa, Frederico e
Mendherson, por não terem foro privilegiado.
Dos cinco ministros da Primeira Turma,
quatro entenderam que as condutas estavam imbricadas, de modo que não seria
conveniente separar os processos.
O único a votar pelo desmembramento foi
o relator, Marco Aurélio Mello.
Os ministros também rejeitaram de modo
unânime uma contestação à validade das provas usadas na investigação.
A defesa sustentou que foram baseadas na
delação da J&F, alvo de questionamento pela suposta orientação do
ex-procurador Marcello Miller aos executivos da empresa, quando ainda integrava
a PGR.
Os ministros negaram o pedido,
considerando que a validade do acordo e a manutenção ou não das provas será
analisada em momento posterior, em ação própria.
(Por Renan Ramalho e Gustavo Garcia, G1,
Brasília)
chupa essa bando de "COXINHA"
ResponderExcluirE pensar que esse safado quase era presidente do país. Sem falar que quando perdeu, por birra, desestabilizou o Brasil por completo.
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