Relatório de avaliação sobre as ações de
transposição do Rio São Francisco na fase de pré-operação divulgado pelo
Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) mostra
problemas de planejamento para garantir a operação, manutenção e
sustentabilidade do empreendimento.
Os problemas detectados ocorrem devido à
priorização do Ministério da Integração Nacional em executar as obras
necessárias à transposição, postergando o planejamento, de acordo com a
análise.
O relatório pode ser obtido no link https://auditoria.cgu.gov.br/download/10679.pdf.
As consequências da falta de garantia para
operação e manutenção é o impacto quanto ao custo de funcionamento e
inadequação da estrutura necessária à gestão e operação do projeto, segundo a
análise.
Outra fragilidade identificada pela CGU
é quanto ao impacto do custo da energia elétrica. Isso porque um fator crítico
para a sustentabilidade do projeto de transposição é o gasto de energia com a
operação, por meio do bombeamento da água.
O texto registra que os valores a serem
pagos pelos estados do Ceará, da Paraíba, de Pernambuco e do Rio Grande do
Norte poderão chegar a R$ 800 milhões por ano.
Na estimativa divulgada no relatório, o
repasse desses custos para as tarifas de água poderão representar aumentos
entre 5% e 21%, considerando os cenários otimista e pessimista,
respectivamente.
Ao longo da avaliação, à medida que as
deficiências são apontadas, a CGU faz recomendações ao Ministério da Integração
e à Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba
(Codevasf), que atua como operadora federal, e registra as providências
apresentadas pelos órgãos para sanar os problemas.
RESPOSTA
DO MINISTÉRIO
Ao responder às várias questões
levantadas na avaliação da CGU, o Ministério da Integração informa que tem
adotado medidas para fortalecer o sistema de gestão de projeto de integração do
Rio São Francisco, a fim de reverter as fragilidades, e que têm sido
verificados avanços na proposição de instrumentos de planejamento e controle.
“As questões ligadas à operação e manutenção
do Projeto de Integração do Rio São Francisco sempre foram tratadas com a mesma
prioridade em relação à execução do empreendimento. O órgão federal responsável
por essa função - a Codevasf - está, inclusive, alterando sua estrutura
organizacional e criando uma área específica com essa finalidade”,
informou o ministério em nota.
Em relação ao modelo tarifário, a nota
esclarece que, em 2016, a Agência Nacional de Águas estabeleceu o modelo
tarifário a ser aplicado ao projeto.
O ministério informou ainda que, em
2017, foi criado um grupo de trabalho interministerial com o objetivo de
acrescentar conhecimento técnico e eficácia na elaboração de uma proposta da
União para o modelo de operacionalização e manutenção da infraestrutura
decorrente do projeto.
A CGU monitora o projeto de transposição
do Rio São Francisco desde o seu início, em 2007.
A previsão é que o projeto de
transposição leve água para 12 milhões de habitantes, em 390 municípios do
Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
(Por: Agência Brasil)
A cgu deveria procurar o que fazer pós água o povo paga como sempre pagou e vai pagar independente da situação
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