Cansado de ver a segurança pública do
estado sem um representante efetivo na Casa de Epitácio Pessoa, o delegado da
polícia civil da Paraíba, Walber Virgulino vai à luta e é pré-candidato a
deputado estadual.
Na entrevista que concedeu ao www.renatodiniz.com Walber, “sem papa na
língua”, detona a segurança, a falta de enfretamento da polícia, os que tiram proveito
da polícia para se eleger, diz também que os atuais deputados não têm noção de
segurança.
Enfático, disse que “amadores e meninos” estão tomando conta de serviço que deveria ser de homens e profissionais e disse mais:"a assembleia vai se arrepender no dia em que eu botar os pés naquela assembleia. Os deputados vão ficar sem dormir. O trunfo será pau".
Enfático, disse que “amadores e meninos” estão tomando conta de serviço que deveria ser de homens e profissionais e disse mais:"a assembleia vai se arrepender no dia em que eu botar os pés naquela assembleia. Os deputados vão ficar sem dormir. O trunfo será pau".
Faz 12 anos que o xerifão Walber está na PC da Paraíba.
Já comandou, inclusive, o sistema penitenciário do estado.
É pós-graduado em segurança pública e
“testado na prática” (como gosta de dizer).
O partido dele é o PATRIOTAS, antigo PEN.
“eu acho que deveria se eleger quem tivesse mais voto. Esse negócio de voto de legenda torna a política injusta”.
Acompanhe:
PRECISAMOS
DE UMA VOZ ATIVA E DE RESPEITO
“Não
poderia ser diferente!
Eu
sou delegado de polícia, sou apaixonado pela segurança pública.
Eu
vejo a deficiência grande na área de segurança pública, não apenas na
estrutura, mas principalmente na valorização profissional.
O
profissional não é valorizado.
Ele
é desrespeitado e perseguido.
Falta
uma voz ativa, falta alguém que confronte (realmente) essas ações negativas que
vêm atingindo a segurança pública.
Então:
minha linha será efetivamente valorizar o profissional de segurança pública.
Será
efetivamente lutar para dar estrutura ao profissional de segurança pública.
Serei
efetivamente uma voz ativa junto a esses profissionais, mas não vou esquecer de
áreas importantes como saúde e educação”.
COPIAR
O QUE DEU CERTO
“A
gente vai inicialmente copiar o que deu certo e de importante nas assembleias
legislativas de outros estados, ou seja, ver leis que já funcionam e que
efetivamente têm ajudado as forças de segurança pública e a gente vai tentar
implementar na Paraíba.
Nós vamos valorizar seguimentos que também são
esquecidos como guardas municipais, vigilantes, agentes penitenciários,
bombeiros civis...
Pretendemos
criar legislação principalmente no sentido de organizar leis que criem
cooperativas porque é inconcebível o índice de desemprego dessas profissões que
tem a ver com segurança, por exemplo.
Nessas
categorias existem aproximadamente de 18 mil desempregados, inclusive filiados
a sindicatos ou associações.
Grande parte dos vigilantes está desempregada
porque os postos de trabalho estão se fechando.
As
empresas e o estado estão preferindo trocar o vigilante armado por pessoas
despreparadas e por vigilância eletrônica.
Então
a gente tem que começar a lutar por isso”.
SEGURANÇA:
PRINCIPAL PROBLEMA DA PARAÍBA
“A
segurança é hoje o principal problema da Paraíba.
A
gente vê as instituições financeiras sendo estouradas hoje e nada é feito.
A
gente tem que ter uma lei que determine a quantidade de policiais militares em
cada cidade dependendo de sua população.
A gente tem que começar a cobrar do
estado ‘com inteligência’ porque a situação vai se complicando.
Então
basicamente segurança pública afeta a saúde quando não há programa ou política
de combate ao tráfico de droga, e não há política que trate o usuário com
outros ‘olhos’.
Segurança
pública também é educação.
A
gente está vendo o trafico de drogas batendo às portas das escolas,
violência...
Professores
impedidos de dar aula.
Segurança
pública também é comércio, é economia.
Quando
se estoura um banco, Correios, a cidade para, a cidade paga, o comerciante
sofre, a população sofre...”
DEFENDER
O ESTADO E QUEM FAZ A SEGURANÇA
“A
gente precisa (na assembleia) de uma ‘bandeira neste sentido’: defender o
estado, defender as forças de segurança, dar condições a quem faz segurança.
Eu
já tenho dialogado com policiais militares, policiais civis, peritos, guardas
municipais, vigilantes, bombeiros civis e eles têm compreendido a necessidade e
vamos caminhar juntos, se DEUS quiser.”
POR
QUE É TÃO DIFICIL ELEGER UM POLICIAL CIVIL OU MILITAR PARA A ASSEMBLÉIA?
“A
segurança pública deixa de ter representante porque na maioria das vezes quem
tenta representar a segurança pública não tem moral nenhuma, não tem serviço
prestado, nunca liderou a polícia.
São
pessoas que aproveitam determinado momento da polícia (uma greve, ou algo que
mexa com o sentimento do policial).
Os
aproveitadores às vezes entram nessa brecha e tentam ser representantes da
polícia, mas após ganhar a eleição esquecem que são efetivamente agentes de
segurança pública e passam a ‘balançar a cabeça igual à lagartixa para o
governante de plantão’.
Infelizmente
isso aconteceu todas as vezes que tivemos representantes com algumas raríssimas
exceções.
Então
eu atribuo a isto: pessoas que nunca calçaram um coturno, que efetivamente
nunca ‘melaram’ as mãos de sangue, que efetivamente nunca deram sangue ou suor
pela segurança pública.
Quem
nunca fez isso não sabe o que é segurança pública, nunca viveu a segurança
pública ou as necessidades dela.
Só
pessoas que um dia já trabalharam e lideraram têm o respeito da população e
principalmente do agente de segurança pública.
Se
eu me eleger serei um representante da categoria?
Uma coisa é certa: eu sou um dos que deram o sangue e representei bem a segurança pública por onde passei e espero representá-la bem na assembleia”.
Uma coisa é certa: eu sou um dos que deram o sangue e representei bem a segurança pública por onde passei e espero representá-la bem na assembleia”.
A
IMPORTÂNCIA DE UM POLICIAL NA ASSEMBLEIA
“É
importantíssimo ter um representante na assembleia.
Sem
alguém que ‘brigue’ pela causa, a segurança pública não será valorizada.
Infelizmente
‘99,9’ dos nossos parlamentares federais ou estaduais não entendem nada de
segurança.
Não
têm noção.
A
gente conversa com esse pessoal e esses representantes não sabem para ‘aonde
vai a segurança’ e isso prejudica sobremaneira a valorização.
Aparecem
vários candidatos se dizendo representantes.
Tentam
angariar votos (principalmente da polícia militar que é maioria).
Está
na hora de dar um basta!
Está
na hora dos agentes de segurança se unirem em torno de mim ou em torno de
alguma pessoa que apareça, mas essa pessoa tem que ter efetivamente ‘melado a
mão de sangue’, ‘que tenha suado’ para defender a categoria e eu fiz isso.
Por
onde eu passei fiz isso e faço porque eu só sei fazer isto, não sei fazer outra
coisa.
Se
eu sair da polícia hoje, nem advogar eu consigo porque quem prende o bandido
não consegue soltar.
Eu
espero que minhas palavras conscientizem as tropas, principalmente a minha
tropa”.
GOVERNO
DO ESTADO X SEGURANÇA
“A
gente está passando uma situação muito difícil.
Um
governo que só persegue a maioria e só valoriza uma minoria.
Uma minoria burocrata que não sabe fazer segurança pública.
Uma minoria burocrata que não sabe fazer segurança pública.
A
‘atividade meio’ se tornou mais forte do que a ‘atividade fim’.
Hoje nós temos mais gente na ‘atividade meio’, que na ‘atividade fim’.
Hoje nós temos mais gente na ‘atividade meio’, que na ‘atividade fim’.
Por
isso ai já começa o erro na segurança.
Burocratas
mandando e comandando um setor tão importante.
Isto não está certo, ou seja: amadores e meninos tomando conta de serviço que deveria ser de homens e profissionais.
Isto não está certo, ou seja: amadores e meninos tomando conta de serviço que deveria ser de homens e profissionais.
Deveria
ter gente que tem o respeito da população e da bandidagem.”
AÇÕES
CONTRA BANCOS: O BANDIDO PERDEU O MEDO DA POLÍCIA
“Essas
ações contra instituições financeiras (bancos e Correios) nada mais é do que o
medo e o respeito que o bandido perdeu da polícia.
A
polícia sabe que vão agir na madrugada, mas ninguém (polícia) vai chegar.
A
polícia está acovardada, tem medo do confronto.
A
polícia evita o confronto!
Nunca
vi isto.
A
polícia em outros tempos ia para o confronto.
Tinha
policial que ‘enchia a boca d’água’ quando tinha uma ação dessas.
Hoje
não.
A
polícia faz de tudo para não ter confronto e o pretexto que usa é a população.
Ora,
a população quer ver o confronto, pois não aguenta mais a polícia acovardada.
Então
a gente tem que mudar este cenário e só muda através de lei.
Só
muda através de um representante forte que não vai balançar a cabeça para o
governador de plantão.
Governador
não é dono, não é rei, não é soberano.
Merece
que respeite a categoria e isto não está acontecendo.”
ALCAÇUZ:
A EXPERIÊNCIA NO SISTEMA PENITENCIÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE
*Em maio de 2016 o delegado Walber Virgulino, que
estava na 8ª Seccional de Guarabira, no Brejo paraibano, foi nomeado pelo
governador Robinson Faria como o novo secretário de Justiça e Cidadania do
Estado do Rio Grande do Norte.
“A
experiência do Rio Grande do Norte foi a melhor da minha vida.
Eu
cresci enquanto pessoa e cresci e me fortaleci quanto profissional.
O
melhor trabalho que eu desempenhei até hoje foi no Rio Grande do Norte.
Agora
em abril passou uma reportagem sobre Alcaçuz como Penitenciária Modelo e muita
gente me ligou.
Ali
quem mudou fui eu.
Quem
comprou a briga fui eu (ou seja: nossa equipe).
A
gente bateu de frente com o crime organizado.
Lá
os criminosos deitavam, rolavam e faziam o que queriam.
Quando ‘botamos o pé’
no Rio Grande do Norte passamos a ter o confronto com eles diretamente dentro e
fora dos presídios.
Alcaçuz foi uma fatalidade que infelizmente aconteceu para
o meu enriquecimento e enriquecimento do RN.
O
sistema vinha controlado, vinha sem fuga e aconteceu aquilo e de certa forma
mudou o rumo do sistema penitenciário e da segurança pública do RN, mas quem
reformou Alcaçuz fui eu enquanto secretário; Quem adquiriu coletes e armamento
fui eu; Quem iniciou o concurso fui eu.
Então
toda mudança no sistema do RN teve o toque de administração da nossa gestão.
Graças
a DEUS o sistema penitenciário vem ‘andando com suas pernas’.
Nada
ainda pode ser comemorado porque o sistema penitenciário é sinônimo de caos e
não podemos subestimar o crime organizado.”
RECADO
FINAL
“A
assembleia legislativa vai se arrepender no dia em que eu botar os pés naquela
assembleia. Os deputados vão ficar sem dormir. O trunfo será pau”.
(Por Renato Diniz, www.renatodiniz.com)
TODO MUNDO QUER SER POLÍTICO NO BRASIL ??? É BOM DEMAIS, NÃO É MESMO ???? ÊTA, EMPREGO BOM DA GOTA SERENA !!!! SE ESTA CAMBADA GANHASSE SALÁRIO MÍNIMO, A SITUAÇÃO SERIA OUTRA.
ResponderExcluirPropaganda antecipada... Vedado pela lei eleitoral !
ResponderExcluirComo é que um pré-candidato pede o apoio de uma categoria chamando-a de covarde? Se faz tudo só, apoie-se em si mesmo.
ResponderExcluirPOIS É, PESSOAL. E GARANTO QUE NÃO VAI FALTAR UM MONTE DE TROUXAS PARA VOTAR NESTE INDIVÍDUO.
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