Lançado há 40 anos, o primeiro álbum
solo de Zé Ramalho definiu a estética musical desse cantor, compositor e músico
paraibano de voz cavernosa projetado na corrente migratória que deslocou
emergentes artistas nordestinos para o eixo Rio-São Paulo ao longo da década de
1970 em busca de maior visibilidade.
Editado pelo selo Epic, da gravadora
CBS, o álbum Zé Ramalho (1978) projetou em escala nacional o artista saudado
com epítetos como Bob Dylan do sertão, reveladores do mix original de folk,
rock, psicodelia e música nordestina que moldou o universo particular de
Ramalho.
Com repertório autoral em que sobressaiu
composições como Avohai e Chão de giz, músicas a partir de então obrigatórias
nos shows de Ramalho, o disco de 1978 ganha tributo viabilizado com a
colaboração de Marcelo Fróes – pesquisador musical que vem lançando pelo selo
Discobertas gravações dos primórdios da carreira do cantor na Paraíba – na
produção arquitetada pela editora Avohai com curadoria do próprio Zé Ramalho.
A intenção é celebrar os 40 anos do
lançamento do influente álbum.
No tributo, ainda em processo de
gravação, nomes da nova geração abordam músicas como Vila do sossego, Dança das
borboletas – parceria de Ramalho com Alceu Valença – e Voa voa, acrescentando
novos sabores ao banquete de signos místicos e filosóficos que compõem a obra
autoral de Zé Ramalho.
(Por Mauro Ferreira, do G1 PB)
Muito bom.
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