Ex-governador do Rio Sérgio Cabral posa ao lado de Gilmar Mendes em evento realizado em 2010 |
Esse recurso foi protocolado no STF
nessa quinta-feira (03/05) pelo advogado de Sérgio Cabral, que sustenta que o
ex-governador deve ser julgado pelo Supremo e, com isso, devem ser anuladas
todas as decisões proferidas pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do
Rio.
No mês passado, Gilmar Mendes foi, ao
lado dos ministros Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski, um dos responsáveis
por acolher pedido de Cabral para que
ele deixasse o presídio da Lava Jato no Paraná e retornasse ao sistema prisional
do Rio de Janeiro – onde ele teria recebido "regalias", conforme
alegou o Ministério Público Federal (MPF).
Essa decisão da Segunda Turma do STF fez
com que Cabral fosse transferido do Complexo Médico-Penal em Pinhais, na região
metropolitana de Curitiba, para o presídio de Bangu, na zona oeste do Rio.
Os advogados do ex-governador, no
entanto, querem que ele seja levado de volta ao presídio de Benfica, na zona
norte, onde ele estava detido antes de ser mandado ao Paraná.
O recurso que pede essa nova
transferência também está sob a relatoria de Gilmar Mendes.
O
NOVO RECURSO DE CABRAL
Cabral quer ser julgado no Supremo
porque os fatos narrados na denúncia envolvem o presidente do Senado, Eunício
Oliveira (MDB-CE), que tem foro privilegiado e teria atuado como um
"avatar" do ex-governador para que Cabral recebesse propina de R$ 2
milhões da construtora Andrade Gutierrez.
Segundo o Ministério Público Federal
(MPF), a empreiteira fez doação ao diretório nacional do MDB como parte de um
acordo prévio com Cabral – destinatário final da quantia.
O pagamento foi comprovado pela
apresentação de um recibo assinado por Eunício e essa versão é corroborada por
depoimentos de delatores.
Procurada pela reportagem do iG , a equipe do presidente do Senado ainda
não se posicionou a respeito das acusações.
Preso desde novembro de 2016, Sérgio
Cabral foi sentenciado a 45 anos e 2 meses de reclusão nessa ação por crimes de
corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O ex-governador também já foi condenado
em outros quatro processos e suas penas já chegam a 100 anos de cadeia.
Ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio
Cabral posa ao lado de Gilmar Mendes em evento realizado em 2010
(www.ig.com.br)
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