*Catarinesse tinha seis CPFs e responde
a mais de 50 processos por estelionato
Uma mulher considerada uma das maiores
estelionatárias do Brasil foi presa em Natal nesta quinta-feira (05/07).
Adriana Maria de Oliveira Furtado
Machado, 51 anos de idade é de Joinville, Santa Catarina, e foi presa em
flagrante após ter efetuado compras com cartões de terceiros, na capital do Rio
Grande do Norte.
A equipe de investigação da Divisão
Especializada de Combate Ao Crime Organizado (Deicor) revelou que ela é
considerada uma das maiores estelionatárias do país.
A catarinense responde a mais de 50
processos pela prática do crime de estelionato nos Estados de São Paulo e Santa
Catarina.
Em uma agência bancária do sul do país,
ela conseguiu dar um prejuízo de “1 milhão de reais”.
A atuação dela também já estava
acontecendo no Nordeste.
“Já tivemos conhecimento de que duas das vítimas
da estelionatária foram uma desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia e
uma ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A investigada que é do sul
do país, veio para Natal com o intuito de praticar crimes e daqui seguiria para
Fortaleza, para continuar a realizar mais delitos”, detalhou o delegado
da Deicor, Marcuse Cabral.
No momento em que foi presa pelos
policiais civis da Especializada, Adriana Maria Machado estava com quase 50
cartões de diversos tipos; 63 comprovantes de depósito; talões de cheques; 18
envelopes para depósito em agências bancárias todos em nome de terceiros e
documentação para abertura de conta corrente.
Os policiais civis também apreenderam o
veículo em que ela transitava, um Toyota Corolla Etios, cor prata; dois aparelhos
celulares e uma quantia de “395,00 reais”.
ESTELIONATÁRIA DIZ QUE COMEÇOU A COMETER
O CRIME AOS 18 ANOS
Adriana Maria de Oliveira Furtado
Machado confessou à Polícia Civil que utiliza a prática de estelionato como
estilo de vida, afirmando que com 18 anos cometeu o primeiro crime, ao enganar
sua irmã e utilizar o cartão de crédito dela para comprar seu vestido de noiva.
Desde então, até a data de hoje que ela
está com 51 anos, declarou nunca ter parado as práticas delitivas.
O delegado Marcuse Cabral afirmou que
Adriana Maria Machado agia de modo peculiar, sem apresentar nenhum documento de
identidade, procurava um gerente ou funcionário que parecesse mais simpático e,
na conversa, o convencia que era cliente e que teria ido até aquela instituição
pegar cartões e cheques.
Ela conseguia sair da agência de posse
de cartões e senhas, sem apresentar qualquer documento de identificação.
Em Natal, ela agiu dessa maneira e
conseguiu receber um cartão de uma cliente de uma cooperativa de crédito e logo
após efetuou compras na capital potiguar.
“A investigada possui uma habilidade incomum
de persuasão e raciocínio lógico, pois em instantes, memorizava nomes de
clientes que figuravam em papéis manuseados pelos funcionários dos bancos. A
atuação de Adriana Maria também nos mostra a fragilidade com que as
instituições financeiras lidam com documentos dos clientes. Em Natal, a
investigada chegou a contratar um plano de previdência privada em nome de um
cliente, sem sequer apresentar um documento que a identificasse”,
alertou o delegado Marcuse Cabral.
(Do OP9)
Foto: Rogério Fernandes/TV Ponta Negra
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