A Associação dos Policiais
Civis de Carreira da Paraíba (ASPOL) lamentou as punições contra
96 policiais civis, publicadas no Boletim Interno da Polícia Civil
desta sexta-feira, dia 10 de agosto.
Os integrantes da categoria
investigativa (agentes de investigação, escrivães e agentes
operacionais) tiveram pena de suspensão por terem participado de uma
paralisação encabeçada pela associação, no mês de dezembro de
2017, movimento que seguiu todos os trâmites legais para a sua
realização.
Todos os servidores também já
haviam sido punidos com o desconto de um dia de trabalho em seus
contracheques este ano e a Associação promete acionar a Justiça
para desfazer os atos, em tese abusivos.
Os policiais civis punidos
relatam que em muitos casos, durante procedimento realizado pela
Corregedoria Geral, foram apresentadas documentações que atestaram
gozo de férias, folgas e até mesmo licença médica desses
servidores.
"Há casos de
policiais punidos em que há a frequência assinada pelo chefe
imediato, confirmando a presença do servidor na unidade policial no
referido dia. Existem também relatórios produzidos pelos
investigadores, o que demonstra sem dúvidas o efetivo trabalho. Esse
conjunto de fatos parece nos demonstrar uma falta de critérios
objetivos para punição de policiais em nosso Estado”,
explicou a presidente Suana Melo, lembrando que a publicação das
punições aconteceu em pleno andamento de edital de promoções para
a Polícia Civil.
A líder da ASPOL ainda
relatou que no dia da manifestação vários policiais civis
permaneceram em frente às sedes da Polícia Civil em João Pessoa,
Campina Grande e Patos, atendendo a situações emergenciais.
O protesto aconteceu para
chamar atenção à falta de requisitos básicos de trabalho, como
coletes balísticos, armamentos defeituosos e ainda para o pior
salário do Brasil, que é o da Paraíba.
"A Associação seguiu
todos os trâmites legais para o ato de manifestação em favor do
direito dos policiais civis. E a prova de que o próprio Governo do
Estado reconheceu a validade do movimento está no fato de que, meses
depois, foram distribuídos mil coletes balísticos que há anos eram
reivindicados. Agora, vamos tomar todas as medidas jurídicas para
que esses atos sejam desfeitos”, finalizou a presidente
Suana Melo.
(Por Assessoria)
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