* Campeonato Brasileiro, Liga dos
Campeões, Liga das Nações, Séries C e D, Copa do Nordeste, campeonatos estaduais nordestinos...
*E agora?Acordo com alguns times para exibição de jogos no Campeonato Brasileiro, a partir de 2019;
Exibição exclusiva da Liga dos Campeões
entre as temporadas 2015/16 e 2017/18, com provável vitória na licitação da
Uefa para as próximas três temporadas;
Exibição da Liga das Nações, o torneio
semiqualificatório de seleções da Uefa;
Espaço generoso dado às profundezas do
futebol brasileiro, como poucas vezes se viu antes na televisão fechada como
exibição das Séries C e D, exibição da Copa do Nordeste, exibição de vários
campeonatos estaduais nordestinos.
Tudo
isso foi reduzido quase a pó nesta quinta-feira (09/08), com o anúncio do Grupo
Turner, em suas sedes no Rio de Janeiro e em São Paulo: televisivamente, o
Esporte Interativo acabou.
Os dois canais que eram mantidos passaram a exibir material de arquivo desde as 11h00 desta quinta (quando o anúncio foi feito para os empregados), e assim ficarão por cerca de 40 dias, quando serão definitivamente encerrados.
Os dois canais que eram mantidos passaram a exibir material de arquivo desde as 11h00 desta quinta (quando o anúncio foi feito para os empregados), e assim ficarão por cerca de 40 dias, quando serão definitivamente encerrados.
O "quase a pó" se deve ao fato
de que será mantida uma mínima estrutura, para exibição dos jogos de Liga dos
Campeões e Campeonato Brasileiro (os carros-chefes do canal) na TNT e no Space,
pertencentes ao grupo Turner - que pretende fazer das versões brasileiras deles
"superstations", isto é, canais multifacetados, com vários eventos de
destaque em cinema e esportes.
No entanto, o grosso da operação Esporte
Interativo migrará para o campo digital.
Com várias (e tristes) consequências.
A primeira e mais importante delas é a
existência de demissões (cerca de 250, de acordo com informações do UOL).
Segunda, as perdas de campeonatos: pelas
informações publicadas por Gabriel Vaquer, jornalista do mesmo UOL, estão
imediatamente interrompidas as exibições de Copa do Nordeste, Campeonato
Brasileiro de Aspirantes e Séries C e D.
Muitos fatos, muita coisa acontecendo...
hora de organizar tudo para situar como ficará a operação esportiva da Turner -
e do Esporte Interativo, no formato de perguntas e respostas.
Ué,
mas a Globo, que manteve disputa duríssima com a Turner nas negociações com os
clubes pela exibição do Brasileiro em televisão fechada a partir de 2019, não
teve nada a ver? Ela não é proprietária da Sky?
Pelo menos aqui, não, a Globo não teve
nada a ver.
Como já se escreveu, a AT&T é
proprietária da Sky no Brasil, via DirecTV.
O
que tem a ver a fusão da Turner com o fim televisivo do Esporte Interativo?
A Turner é controlada pelo grupo
WarnerMedia (antigo Time Warner).
Por sua vez, o WarnerMedia foi adquirido
pela AT&T.
E este conglomerado de mídia sediado em
Dallas, no Texas, é simplesmente o acionista controlador da Sky, operadora de
televisão por assinatura aqui no Brasil.
Pela lei 12485, de 2011, é proibido que
empresas de telecomunicações controlem "fornecedores de conteúdo"
(artigo 5) ou "detenham direitos e talentos brasileiros" (artigo 6).
Ou seja, Turner (grupo de mídia) e Sky
(operadora por assinatura) pertencem à AT&T.
Evidentemente, a questão regulatória da
legislação brasileira obrigou a Turner a mudar, para não ser seguida ainda mais
de perto pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Entre manter a Sky e manter o Esporte
Interativo, preferiu-se manter a Sky.
Mas
por que a AT&T não pode manter o Esporte Interativo e pode manter TNT e
Space?
Porque, à letra fria da lei, TNT e Space
(e Cartoon Network, também propriedade da AT&T) são vistos como canais cujo
conteúdo é produzido totalmente nos Estados Unidos.
Não é como no Brasil, em que o Esporte
Interativo tinha uma equipe para narrar, comentar, reportar... enfim, produzir
eventos nacionalmente.
Dá
para dizer que os gastos na compra dos direitos de eventos influíram na
decisão?
Sim, claro.
Ao site Tela Viva, Antônio Barreto,
gerente geral do grupo Turner no Brasil, reconheceu isso:
"Infelizmente, o mercado brasileiro de TV por assinatura tem perdido
base nos últimos três anos e os sinais de recuperação ainda são tímidos.
Some-se a isso o elevado custo dos direitos esportivos, a forte retração no
mercado publicitário e o custo de manter dois canais no ar. Avaliamos que esse
era o melhor momento de fazer a mudança, reduzir os custos e a adotar uma nova
abordagem na exibição dos eventos".
Antes tal reconhecimento fosse apenas no
Brasil.
Na coluna que mantém no UOL sobre
televisão,
Flávio Ricco mostrou que a matriz já
estava bastante alarmada com a dimensão dos investimentos que o Esporte
Interativo exigia.
Presidente da Turner Internacional (que
controla todas as afiliadas do grupo pelo mundo, fora a matriz
norte-americana), Gerard Viller reconhecia para colegas diretores, à boca
pequena: "Nós não sabíamos o que
estávamos comprando".
Uma vez que a Turner viu como o canal
brasileiro adquirido em 2014 exigia investimento além do possível - ainda mais
tendo em conta a recessão por que o país passa -, preferiu fortalecer TNT e
Space, marcas já reconhecidas na televisão a cabo (estão em qualquer pacote
básico de qualquer operadora: TNT com 14 milhões de assinantes, Space com 12
milhões), a seguir bancando a operação televisiva do Esporte Interativo (que
nem ficava entre os 30 canais a cabo mais vistos no país, de acordo com
informações da jornalista Júlia Gavillan).
A partir disso, a decisão de
desmontá-la.
Justificada por Antônio Barreto: "Manter um canal exige que você tenha
direitos e programas para preencher a grade 24 horas por dia. Agora, vamos
trabalhar evento a evento, exibindo só o que fizer sentido econômico e para a
audiência".
E
o canal aberto do Esporte Interativo, também será fechado?
Também.
Fornecido na banda C do satélite e nas
antenas parabólicas, o Esporte Interativo aberto também acabará, assim como o
Esporte Interativo BR - exibido apenas para televisão aberta em Cuiabá (capital
do Mato Grosso) e em três localidades no interior de São Paulo, Maranhão e
Espírito Santo.
Então
o Esporte Interativo ficará só nas mídias sociais?
Pelo menos a princípio, é essa a
intenção, até aproveitando a mobilização que a marca já causa em seus perfis no
Twitter e no Facebook - e a existência do EI Plus, serviço on demand do canal.
Antônio Barreto já reconheceu isso ao Tela Viva: "Hoje geramos nesse ambiente uma interação que nenhum outro canal
brasileiro tem. Avaliamos que esse produto precisava se desenvolver de maneira
autônoma, sem a amarra de um canal tradicional".
E a própria nota que o canal divulgou em
suas mídias sociais já antecipa a ênfase total no mundo digital: "Entretanto, as nossas atividades no mundo
digital seguem firmes, e continuaremos levando a emoção que o Brasil merece pra
vocês através do nosso Facebook, Instagram, Youtube, Twitter, EI Plus e
qualquer outra plataforma digital em que os apaixonados por futebol estiverem
presentes".
Mas,
por exemplo, a exibição da Champions League já não será feita no Facebook?
Aí é que está: Turner e Facebook andam
trabalhando juntas, pelo menos no tocante à internet.
Tanto que a exibição das
partidas da Champions League no Facebook (que ganhou os direitos do torneio
para televisão aberta, sempre bom lembrar) possivelmente terá a marca Esporte
Interativo.
Para
quem paga um custo adicional pelos canais Esporte Interativo, o custo
continuará?
Nada definido.
Claro que o espaço ocupado pelos canais
do Esporte Interativo será aberto para outros que surjam.
Todavia, a Turner deve embutir o custo
dos eventos esportivos no valor que as operadoras pagam para terem TNT e Space.
Se não se interessarem, os canais até
continuarão disponíveis ao assinante, mas numa versão sem o esporte.
Cenário ainda a ser definido.
Por
falar em "cenário a ser definido", e o Brasileiro de 2019, como é que
fica na televisão a cabo?
Nada mudou em relação ao que já se
comentava: Globo e Turner já vêm em tratativas para que possam ser mostrados os
jogos tanto dos times fechados com um grupo, quanto os dos times fechados com
outro.
Enfim,
o que se pode concluir?
É o caso do "copo meio cheio"
e do "copo meio vazio".
Por enquanto, o "meio vazio"
tem as consequências mais sensíveis: o fim televisivo do Esporte Interativo,
marca que já tinha sua tradição (desde o começo da década passada, quando nem
tinha canal mas já fazia parcerias com Rede TV e Bandeirantes), mostra que os
canais fechados esportivos já não ousam nem ousarão pagar demais pelos eventos.
Algo comprovado também pela dificuldade
nas negociações para vários campeonatos futebolísticos, como o Francês e o
Italiano.
Usando a célebre frase de Márcio Braga: "Acabou o
dinheiro".
Se acabou, cortar custos é a ordem.
Sem contar o desemprego ampliado pelos
profissionais demitidos.
E a perda de espaço de eventos que nunca haviam
merecido tanto apoio, e que demorarão a tê-lo novamente (como Copa do Nordeste
e Séries C e D).
Se há como ver o "copo meio
cheio", é apenas na curiosidade em ver os resultados que o Esporte
Interativo obterá sendo 100% digital.
Caso eles sejam positivos, terá começado
uma tremenda mudança de paradigma.
Se não forem...
(Por Felipe dos Santos Souza/MSN)
DEPOIS DA SACANAGEM DA FOX EM MUDAR OS JOGOS DO ESPANHOL DOS CANAIS FOX SPORTS 1 E 2 PARA OS CANAIS FOX PREMIUM,FORÇANDO A BARRA PARA QUE SEUS ASSINANTES TAMBÉM ASSINEM ESSES DOIS CANAIS,AGORA VEM ESSA TAMBÉM DO ESPORTE INTERATIVO,QUEM SE FERROU FORAM MAIS OS NORDESTINOS,POIS PASSAVA OS ESTADUAIS NORDESTINOS E COPA DO NORDESTE E SÉRIE C E D,NINGUÉM SABE DE FATO COMO FICARÁ A SITUAÇÃO DESSES CAMPEONATOS,SÓ O FUTURO DIRÁ...
ResponderExcluirQUEM USA PARABÓLICA TAMBÉM SE FERROU,POIS ERA O ÚNICO CANAL FTA(ABERTO) DE ESPORTES NO C2,AGORA SÓ SOBROU TV SENADO,NBR,CANAL DO BOI KKKKK...
ResponderExcluirFERROU GERAL!!
ResponderExcluirSó nós nordestinos é que perdemos ....é verdade°
ResponderExcluirFerrou os nordestinos
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