Apesar de a lei Maria da Penha estar em
vigor há 12 anos, ainda é presente a cultura explicitada pelo ditado “em briga
de marido e mulher não se mete a colher”.
O Centro Integrado de Operações
Policiais (CIOP) recebe aproximadamente mais de três mil ligações por dia de
forma geral.
Segundo a capitã e coordenadora de plantão,
Ednalva Bezerra, a polícia precisa ser informada em casos de violência contra
mulher.
A primeira atitude que qualquer pessoa
pode fazer, sem precisar ser identificada, é ligar para o número 190, em
seguida, caso a vítima esteja machucada deve-se acionar o SAMU ou Corpo de
Bombeiros.
“Orientamos que as pessoas não devem tomar
nenhuma atitude extrema, como usar arma de fogo ou outros objetos para salvar a
vítima, pois dependendo de cada situação quem será transformado em agressor é a
própria pessoa que está tentando proteger a vítima. Também não adianta ficar
olhando e não fazer nada. Cada caso exige uma ação, mas não podemos ficar
omissos”, disse a capitã.
De acordo com o Ciop, é preciso
compreender que a mulher que está em situação de violência doméstica vive
dentro de um ciclo de violência, que muitas vezes demora ser fechado.
“A mulher sente medo, perdoa e até mesmo
tenta proteger o agressor informado que não houve agressão. A população, no
entanto, não deve temer e alimentar o ciclo. A denúncia é o melhor que pode ser
feito. Pode evitar a morte, pois basta uma ligação para salvar uma vida de uma
mulher”, alerta.
COMO
PROCEDER:
*Em situações como a de Maria de
Lourdes, a orientação é ligar diretamente para a polícia, pelo 190.
Explique que está tendo uma agressão e
que uma pessoa pode estar em situação de risco de vida. Não precisa se
identificar.
*No caso de medidas protetivas, como
suspensão de arma do agressor, afastamento do lar, distanciamento da vítima ou
auxílio de força policial, é a própria vítima que pede.
A decisão pode ser tomada por um juiz em
até 48 horas.
*Na Paraíba, o governo disponibiliza um
celular ligado ao Ciop pelo Programa SOS Mulher, para mulheres com risco de
morte.
O sistema tem GPS e a vítima tem contato
direto com a guarnição policial, delegada e tem prioridade no atendimento.
(Por Assessoria)
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