O deputado federal Marcelo Calero (PPS-RJ)
afirmou nesta sexta-feira (08/02) que o presidente do Supremo Tribunal Federal,
Dias Toffoli, corre o "risco de prática de crime" caso
interceda na Corte em favor de Gilmar Mendes, no procedimento aberto pela
Receita Federal para identificar supostos "focos de corrupção, lavagem de
dinheiro, ocultação de patrimônio ou tráfico de influência" do
ministro e sua esposa, Guiomar.
Eleito ao Congresso em 2018, Calero foi
pivô da queda de Geddel Vieira Lima (MDB) do governo Michel Temer, em novembro
de 2016, quando pediu demissão e denunciou suposta pressão do emedebista, então
chefe da Secretaria de Governo, para a liberação de um imóvel de alto padrão em
Salvador.
O empreendimento estava embargado pelo
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vinculado ao
Ministério da Cultura, ocupado à época por Calero.
O deputado reagiu aos ofícios do
presidente do Supremo, Dias Toffoli, que mandou investigar auditores da Receita
que abriram procedimento para investigar Gilmar Mendes.
Toffoli oficiou o secretário da Receita,
Marcos Cintra, a procuradora-geral, Raquel Dodge, e o ministro da Fazenda,
Paulo Guedes.
Cintra já afirmou ter "determinado,
imediatamente, que a Corregedoria da Receita inicie a apuração".
"Curiosa a indignação de Toffoli.
Quer dizer que Ministro do STF não pode ser alvo de auditoria da Receita? São
seres especiais dentro de nossa República? Aliás, lembremos a Toffoli que
qualquer tentativa de interferir no caso para favorecer Mendes pode constituir
crime", comentou Calero no Twitter.
Marcelo Calero acrescentou ainda à sua
publicação a hastag #CPI LavaToga, numa referência ao pedido de abertura da
Comissão Parlamentar de Inquérito solicitado pelo senador do seu partido,
Alessandro Vieira (de Sergipe).
O pedido de CPI, que já conta com as
assinaturas para sua criação, propõe que seja investigado "o
desrespeito ao princípio do colegiado; a diferença do tempo de tramitação de
pedidos, a depender do interessado; e a participação de ministros em atividades
econômicas incompatíveis com a Lei Orgânica da Magistratura".
A Comissão, se aprovada, também terá a
tarefa de averiguar "o abuso de pedidos de vista ou expedientes
processuais para retardar ou inviabilizar decisões de plenário, a diferença do
tempo de tramitação de pedidos a depender do interessado e o excesso de
decisões contraditórias para casos idênticos".
(Luiz Vassallo, Julia Affonso e Fausto
Macedo – O Estadão)
ESTE DEPUTADO OU É UM BOBÃO OU MUITO INOCENTE AO PERGUNTAR SE MINISTROS SÃO "SERES ESPECIAIS". É ÓBVIO QUE SÃO ESPECIAIS. INCLUSIVE ELE E OS DEMAIS POLÍTICOS DESTE CHIQUEIRO CHAMADO BRASIL !!!!!!
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