O secretário especial de Previdência e
Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, anunciou nesta
quinta-feira, 14, que o presidente Jair Bolsonaro "bateu o martelo"
de que as idades mínimas de aposentadoria na proposta de reforma da Previdência
serão de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens, após um período de 12
anos de transição.
Marinho destacou que esse foi um meio
termo encontrado após uma discussão de quase duas horas entre a equipe
econômica e o presidente, no Palácio da Alvorada.
Bolsonaro queria uma idade mínima de 60
anos para mulheres e 65 anos para homens e uma transição mais longa.
Já a equipe do ministro Paulo Guedes
defendia idades mínimas iguais em 65 anos para ambos os gêneros e uma transição
mais curta, de 10 anos.
Segundo Marinho, os detalhes da proposta
só serão divulgados na próxima quarta-feira, dia 20, quando o texto será
finalmente enviado ao Congresso Nacional.
No mesmo dia, o presidente Bolsonaro
fará um pronunciamento à Nação para explicar a proposta.
Antes disso, a proposta precisa passar
por diferentes instâncias dentro do governo para verificar sua adequação
jurídica e constitucionalidade.
É por isso que o secretário especial
informou que ainda pode haver alguma outra mudança na semana que vem, caso os
órgãos jurídicos do governo apontem essa necessidade.
Marinho evitou cravar qual será o
impacto obtido com a reforma que foi decidida por Bolsonaro.
Quando questionado sobre a fala de
Guedes de que a proposta precisaria garantir uma economia de “1 trilhão de
reais”, ele respondeu: "Se o ministro disse..."
O secretário especial fez questão de
ressaltar que Bolsonaro vinha sendo atualizado constantemente das discussões em
torno da proposta, a não ser o tempo em que ficou internado.
A reunião de hoje ocorre um dia após o
presidente receber alta médica e retornar a Brasília.
(Idiana Tomazelli e Teo Cury – Estadão)
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