Certamente que os clientes da Cagepa (de
Campina Grande e das outras oito cidades que usufruem da água de Boqueirão) precisam
saber sim se o incêndio na subestação em Gravatá foi criminoso ou não.
Foram dias de tormento, pânico, temor,
estresse e muita cobrança.
Justa cobrança até.
Afinal: a gente é consumidor e sem a água
que nós pagamos “não tem acordo”.
Em Campina Grande, por exemplo, vi cenas
comoventes e degradantes de pessoas em busca de água.
Em meio ao desastre, pude ouvir e
acompanhar que, diante de tudo que ocorreu, os funcionários da Cagepa passaram
a ser cobrados fortemente, incessantemente e até insultados de maneira leviana.
As palavras “incompetência” e “sucateamento”
marcaram esse episódio da falta de água.
Na verdade, numa situação dessas estava “claro”
que o governo do estado, o presidente da Cagepa, o diretor regional,
engenheiros e demais funcionários levariam porradas de todos os lados.
Foi o que aconteceu.
E não havia solução a não ser encontrar
solução.
Mas é preciso ser justo com quem deu a
cara à tapa.
Me refiro aos funcionários “peões” (e
aqui não há nada pejorativo) que se desdobraram e se doaram para reestabelecer
o sistema.
Alguém tinha que fazer algo e eles
fizeram.
São remunerados para isso? São!
E qual funcionário não é?
No entanto, valorizar um funcionário
pelo seu empenho não é jogar confetes.
É preciso reconhecer isto.
Eles não lavaram as mãos.
Atenciosamente,
Renato Diniz
(Por www.renatodiniz.com)
Foto: Wilton Maia Velez
Foto: Wilton Maia Velez
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