O empresário Roberto Santiago foi preso
na manhã desta sexta-feira (22/03), no bairro do Bessa, em João Pessoa, após
ser deflagrada a terceira fase da Operação Xeque-Mate.
O empresário é acusado de fazer parte de
um esquema de corrupção e fraudes de licitação no município de Cabedelo, Região
Metropolitana da capital.
Roberto Santiago deve passar por exame
de corpo de delito e ser encaminhado à sede da Polícia Federal, em Cabedelo.
A terceira fase da operação tem como
intuito desarticular a vertente financeira de uma organização criminosa que foi
objeto de medidas judiciais na primeira e segunda fase da Xeque-Mate.
Os
contratos fraudulentos investigados superam a quantia de R$ 42 milhões.
Aproximadamente 65 policiais federais
participaram da operação, sendo realizados 11 mandados de busca e apreensão nas
residências investigadas tanto no estado da Paraíba, quanto no Rio Grande do
Norte, bem como um mandado de prisão preventiva que aconteceu contra o
empresário pessoense.
Cerca de 20 imóveis avaliados em R$ 6
milhões foram sequestrados pela Justiça.
OPERAÇÃO
XEQUE-MATE
A primeira fase da Operação Xeque-Mate
foi deflagrada em abril de 2018 desarticulando um esquema de corrupção na
administração pública de Cabedelo.
Um escândalo que envolveu os poderes
Legislativo e Executivo da cidade e colocou na prisão o então prefeito Leto
Viana, o vice-prefeito e outros cinco vereadores, entre eles, o presidente da
Câmara Municipal.
De acordo com a denúncia do Ministério
Público, a organização criminosa surgiu a partir da compra do mandato do então
prefeito Luceninha, motivada por dívidas da campanha eleitoral.
Desde então, a organização passou a
praticar diversos crimes como desvio de recursos públicos através da indicação
de servidores fantasmas; corrupção ativa e passiva; fraudes em licitações;
lavagem de dinheiro; avaliações fraudulentas de imóveis públicos e recebimento
de propina para aprovação ou rejeição de projetos legislativos.
As
investigações mostram que o pagamento da propina teria sido feito com a ajuda
do empresário Roberto Santiago.
O processo da compra do mandato de
Luceninha foi exposto pelo radialista Fabiano Gomes, que teria participado das
negociações.
O cargo teria sido negociado por mais de R$ 4 milhões.
Fabiano chegou a ser preso em agosto de
2018 por descumprir medidas cautelares e foi solto 1 mês depois.
A atuação da organização criminosa em
Cabedelo causou um rombo de R$ 30 milhões aos cofres públicos e desorganizou a
estrutura política da cidade que ficou sem prefeito.
O novo chefe do executivo, Victor Hugo,
foi eleito no último domingo (17) por meio de uma eleição suplementar.
(Do OP9 PB)
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