Milhares de palestinos se reuniram,
neste sábado (30/03), perto da fronteira israelense na Faixa de Gaza, para
protestar, correndo o risco de uma escalada com o Estado judeu, dez dias antes
das eleições israelenses.
A marcha é uma tentativa de marcar o
primeiro aniversário de uma mobilização chamada de "a grande marcha do retorno", contra o bloqueio israelense e
pelo direito de regressar às terras das quais precisaram fugir ou de que foram
expulsos na criação do Estado de Israel, em 1948.
Pelo menos quatro palestinos morreram em
confrontos durante o protesto.
Três deles tinham 17 anos, como Adham
Amara, que não resistiu depois de ser atingido no rosto por tiros disparados
pelo lado israelense, disse o porta-voz do Ministério da Saúde, Ashraf al
Qodra.
Desde
30 de março de 2018, quando as grandes marchas desataram fortes tensões na
fronteira, 259 pessoas foram mortas - entre
elas, dois soldados israelenses.
Entre os vários pontos de encontro,
milhares de moradores do enclave espremido entre Israel, Egito e o
Mediterrâneo, caminharam em direção à fronteira com bandeiras palestinas.
Em Malaka, a leste da cidade de Gaza, a
maioria dos manifestantes se manteve longe da cerca para ficar fora do alcance
dos atiradores israelenses.
Mas alguns palestinos se aproximaram a
algumas dezenas de metros, queimaram pneus para atrapalhar a visibilidade dos
atiradores e jogaram pedras nos soldados antes de voltar correndo.
O Exército israelense respondeu,
disparando gás lacrimogêneo e abrindo fogo.
Imagens de vídeo da AFP mostram um
palestino atingido por um tiro de retaliação israelense.
Evidência do perigo perto da fronteira,
um palestino de 20 anos foi morto por tiros israelenses durante uma manifestação
noturna a mais de cem metros da cerca antes do início da grande mobilização.
(O Globo)
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