Após ser presa, Livânia Farias renunciou
ao cargo de secretária de Administração do Governo da Paraíba.
Em nota divulgada no começo da madrugada
deste domingo (17/03), o Estado traz uma carta assinada pela ex-secretária, na
qual ela diz ter sido “surpreendida” com a prisão e alega inocência.
“Exmo.
Sr.
Governador
João Azevedo.
No
dia de hoje (16) fui surpreendida com o cumprimento de um mandado de prisão
expedido pelo nos autos de medida cautelar que tramita no Tribunal de Justiça
do Estado da Paraíba.
Tenho
absoluta convicção de minha inocência e de que não cometi qualquer
irregularidade ou ilícito à frente dos cargos públicos que exerci ao longo de
minha vida profissional.
O
momento exige integral dedicação à minha defesa jurídica. Provarei minha
inocência e a verdade será restabelecida.
Desse
modo, ao tempo em que agradeço a confiança sempre dispensada, solicito à V.
Exa. minha exoneração do cargo de Secretária de Estado da Administração.
Livânia
Maria da Silva Faria”
Na mesma nota, o Governo do Estado diz
que “estranhou” o fato da ex-secretária ter sido presa.
“Causa
estranheza que tenham cerceado a liberdade da secretária apesar dela possuir
domicílio certo, ter se colocado publicamente à disposição da Justiça ou de
quaisquer órgãos de investigação e, principalmente, sem que tenha sido
facultada uma única palavra de defesa ao longo de todo o processo
investigatório, não obstante a execração pública antecipada”.
No mesmo texto, o Estado afirma ainda
que adota postura responsável em todos os níveis de gestão, com medidas
regulares e constantes do contínuo aprimoramento da legalidade e lisura de
todos os atos administrativos, e relações institucionais deles decorrentes.
“A
presunção de inocência, mandamento constitucional, deve ser respeitada e uma
investigação, qualquer que seja ela, precisa estar em consonância com as normas
fundamentais que asseguram a ampla defesa”.
Sobre contratos como as Organizações
Sociais (O.S), alvos da Operação Calvário, o Governo do Estado alega que criou
a Superintendência de Coordenação e Supervisão de Contratos de Gestão (SCSCG);
determinou formalmente, de acordo com o decreto publicado no Diário Oficial do
Estado em 25 de janeiro de 2019, a intervenção em algumas unidades hospitalares
do Estado geridas por O.S; e, mais recentemente, assinou Termo de Acerto de
Conduta com os Ministérios Públicos Federal, Estadual, do Trabalho e de Contas
para contratos de gestão com as entidades do terceiro setor.
“Tudo
com o objetivo de continuar avançando em todas as esferas da administração
pública estadual, assegurando à Paraíba todas as transformações que mudaram concretamente
o perfil econômico e social do povo paraibano, fortalecendo nossas vocações e
elevando a patamares históricos a autoestima do nosso Estado”, finaliza.
A
PRISÃO
A ex-secretária de Administração da
Paraíba, Livânia Farias, foi presa na tarde desse sábado (17), no aeroporto
Castro Pinto, na Grande João Pessoa, quando chegava de Belo Horizonte (MG),
onde estava em viagem com a família.
Ela é suspeita de corrupção por
envolvimento no que o Ministério Público classifica como organização criminosa,
envolvendo a Cruz Vermelha, Organização Social que gerencia hospitais no
Estado.
A decisão é que ela seja levada para a
6ª Companhia da Polícia Militar.
Após a prisão, a Justiça decretou o
bloqueio de bens da ex-secretária, por meio de decisão que veio em conjunto com
o mandado de prisão.
Entre os bens bloqueados estão uma casa
comprada no município de Sousa no valor de “400 mil reais” e um carro de luxo,
uma BMW.
Além disso, foi determinado o sequestro
de todos os veículos que estiverem no nome da ex-gestora.
OPERAÇÃO
CALVÁRIO
As investigações da Operação Calvário
são conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco)
e pela Comissão de Combate aos Crimes de Responsabilidade e Improbidade
Administrativa (CCRIMP), do Ministério Público da Paraíba (MPPB).
A Operação Calvário apura a atuação de
uma organização criminosa responsável por desviar R$ 1,1 bilhão a partir de
fraudes em contratos firmados junto à unidades de saúde. Corrupção, lavagem de
dinheiro e peculato estão entre os crimes praticados pela quadrilha.
(Do Portal Correio)
A santinha de Pau oco. So falta prender agora o zaroi Ricardo Coutinho pq ele sabia e compartilhava com tudo
ResponderExcluirInteressante rouba, desvia dinheiro, oculta patrimônio, e ainda se diz inocente, paciência viu!!!!
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