O dia 1º de Abril é conhecido como o Dia
da Mentira.
Não é raro encontrar alguém por aí, no
dia de hoje, contando algum fato fantasioso para um amigo, familiar ou
conhecido.
A prática é encarada com naturalidade e,
dependendo da situação, de forma descontraída.
Mas a mentira não está presente na vida
das pessoas somente no 1º de Abril não.
De acordo com os especialistas, todo
mundo já mentiu pelo menos uma vez na vida.
“Por mais que seja uma mentira simples, elas
são praticadas”, lembra a Psicóloga do Hapvida Danielle Azevedo.
O problema está quando a prática da
mentira se torna rotineira e se transforma num distúrbio de personalidade
chamado de mitomania. “A mitomania ocorre quando o paciente mente
compulsivamente com o objetivo de se beneficiar ou prejudicar as pessoas. Quem
sofre deste distúrbio tem grandes dificuldades de se relacionar socialmente e
não demonstram constrangimento quando as mentiras são descobertas. Além disso
acreditam na própria mentira, tornando difícil a realização do tratamento em
consultório”, explica Danielle.
O tratamento da mitomania é feito com
psicoterápicos, uso de psicotrópicos em conjunto com a psiquiatria.
Por se tratar de um distúrbio de
personalidade o paciente precisa ter um acompanhamento multidisciplinar, pois é
uma patologia que não tem cura.
A
MENTIRA NA INFÂNCIA
Se o hábito de mentir não é tão raro na
idade adulta, na infância a prática também não é incomum.
Só que ela surge diante de outros
contextos, a partir da experiência vivida pelos pequeninos.
“Muitas vezes, os pais têm o hábito de mentir
e a criança acaba observando e reproduzindo aquele comportamento, que passa a
ser natural. Em alguns casos, a criança utiliza a mentira como uma
autopreservação, onde ela mente para se proteger, como por exemplo, ela quebra
algo que sabe que os pais gostam muito e para não ser castigada ela mente, mas
a intenção dela é de defesa, não de fazer o mal”, explica a psicóloga
do Hapvida, Joyce Pontes.
Ela ressalta que, no caso das crianças,
é preciso investigar as causas para o surgimento das mentiras.
“O ideal é não acusar a criança de mentirosa
ou de algo ofensivo, para que o emocional dela não seja afetado, mas questionar
e tentar entender a real razão da criança ter contado uma mentira e intervir
mostrando e alertando sobre os riscos e consequências que a mentira pode causar
de acordo com a situação”, comenta Joyce.
(Ascom Hapvida)
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