Abraham Weintraub é o novo ministro da
Educação do governo Jair Bolsonaro.
Ele foi anunciado nesta segunda-feira (08/04)
após a demissão de Ricardo Vélez Rodríguez.
Weintraub era secretário-executivo da
Casa Civil, cargo considerado o "número 2" da pasta de Onyx
Lorenzoni.
Antes, atuou na equipe do governo de
transição de Bolsonaro. Junto com o irmão, Arthur Weintraub, foi responsável
pela área de Previdência no período.
Os dois foram indicados a Bolsonaro por
Lorenzoni.
De acordo com o colunista do G1 Valdo Cruz, a nomeação do economista,
segundo assessores diretos do presidente Jair Bolsonaro, funciona como uma
solução de meio termo para apaziguar os ânimos de militares e do escritor Olavo
de Carvalho, que disputavam nos bastidores quem iria fazer o sucessor de
Ricardo Vélez Rodríguez.
Uma das maiores críticas a Vélez era sua
falta de capacidade de gerenciar o ministério, pasta sobre a qual ele nunca
teve total autonomia.
Weintraub substitui Vélez após pouco
mais de três meses de uma gestão marcada por diversas controvérsias e recuos.
Houve ao menos 14 trocas em cargos importantes
na pasta, editais publicados com incongruências, e que depois foram anulados,
além de frases polêmicas de Vélez, que levaram a críticas.
Abraham Weintraub é formado em ciências
econômicas pela Universidade de São Paulo (1994).
Apesar de ter sido apresentado como
"doutor" pelo presidente Jair Bolsonaro, ele é mestre em
administração na área de finanças pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), e
professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Na iniciativa privada, trabalhou no
Banco Votorantim por 18 anos, onde foi economista-chefe e diretor, e foi sócio
na Quest Investimentos.
O ministro da Casa Civil conheceu os
irmãos Weintraub em um seminário internacional sobre Previdência realizado, em
2017, no Congresso Nacional.
(Do G1)
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