A Caixa Econômica Federal já começou a
preparar a operação de saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”,
o valor disponibilizado poderia alcançar R$ 30 bilhões em três meses.
Um valor que representa cerca de 0,5% do
Produto Interno Bruto (PIB).
O ministro da Economia, Paulo Guedes,
anunciou a liberação das contas do FGTS de contratos ativos dos trabalhadores
como medida para reativar o consumo.
Entretanto, essa operação deveria
ocorrer somente depois da aprovação da reforma da Previdência.
Caso o calendário da reforma se
concretize, com as novas regras da aposentadoria aprovadas em setembro, os
recursos do FGTS deveriam ser liberados até o Natal.
O governo quer repetir a operação
realizada durante o Executivo do ex-presidente Michel Temer.
Em 2017 o então governo liberou recursos
do FGTS, chegando a um valor total de R$ 44 bilhões, garantindo recursos extra
para os titulares de contas inativas.
Entretanto, naquela ocasião boa parte do
montante do FGTS já tinha sido utilizada.
Por isso, para liberar os R$ 30 bilhões
previstos, o governo deverá utilizar quase o total do resto do montante.
Guedes anunciou liberação
O ministério da Economia informou a
intenção de liberar as contas inativas do FGTS após a divulgação dos resultados
do PIB do primeiro trimestre de 2019.
O Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) informou na semana passada que a economia brasileira teve
uma contração de 0,2% no primeiro trimestre do ano.
O índice foi a seu menor nível desde o
último trimestre de 2016, quando registrou uma retração de 2,3%. Em valores, o
total foi de R$ 1,714 trilhão.
“Vamos liberar PIS/Pasep, FGTS, assim que
saírem as reformas. Nós não batemos o martelo ainda, mas todas as equipes estão
examinando isso”, disse o ministro Guedes no último dia 30.
Além disso, o chefe da equipe econômica
também explicou que PIS/Pasep também serão liberados.
No entanto, segundo o ministro, isso
ainda não aconteceu porque o governo quis estudar a questão do FGTS.
“Gostaríamos de disparar hoje, mas aí fomos
examinar também o FGTS, que atrasou um pouco o PIS/Pasep, para soltar junto”,
explicou Guedes.
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