O pagamento de “6 reais” por hora extra
para policiais militares de plantão está deixando alguns municípios sem
policiais no Estado da Paraíba.
A denúncia foi feita à Rádio Campina FM
nesta terça-feira (04/06) pelo deputado estadual Cabo Gilberto Silva, do PSL.
Segundo ele, há uma mobilização dentro
dos quarteis para que os PMs não façam o plantão extra, criticamente chamado de
“plantão da fome”.
Conforme o deputado, a recusa dos PMs já
estaria causando impacto direto nas cidades de menor porte.
No último final de semana, estima-se que
35 municípios tenham ficado sem policiais.
Segundo o deputado estadual, o problema
está sendo causado porque a Polícia Militar não tem efetivo suficiente para
organizar as escalas de trabalho.
Por isso, os policiais estão sendo escalados
em plantões extras e recebem o valor de “6 reais” por hora.
A decisão do governo é baseada em uma
Lei que determina que os policiais podem trabalhar até 30 dias
ininterruptamente.
O problema é que essa convocação
aconteceria em casos fortuitos ou de força maior, ou seja, em ações provocadas
pelo homem (rebeliões, por exemplo) ou como a tragédia registrada em Brumadinho
(MG) este ano.
“(A recusa) É um movimento praticamente
unificado na Paraíba. Diga não ao ‘extra de fome’. É para valorizar não só o
serviço extra. São poucos policias, é o pior salário do país, armamento
inadequado. São muitos problemas e nossa movimentação é para mostrar nossa
insatisfação com o governo do PSB”, disse o deputado.
Segundo ele o problema é antigo e passou
de Ricardo Coutinho para João Azevedo.
“Esses problemas têm nomes técnicos. Ricardo
Coutinho só colocou 840 policiais em oito anos, quando em 2010 prometeu mais de
cinco mil. Passou o tempo e ficou só na promessa”, lembrou.
(Do Blog do Paulo Pessoa – www.blogdopp.com.br)
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