Eu vi, no rosto sem vida de Joacir
Filho, um clamor por justiça.
Eu vi, em sua expressão final, algo como
um questionamento: Por quê?
Por que uma violência tão insana?
Por que interromper a existência de um
semelhante por motivo tão fútil?
Eu vi, na face pálida de um jovem que
fôra tão cheio de vida, a dor da saudade de quem não queria partir, não devia
partir, não podia partir.
Eu vi, na imagem de cada familiar de
Joacir, a dor inconsolável de uma perda atroz, cruel demais para aceitar, inexplicável
demais para compreender.
Eu vi e ouvi em cada gesto e em cada
fala, em cada pranto e em cada lágrima silenciosa, em cada palavra dita e em
cada palavra que não pôde ser dita, um apelo, um brado, uma exigência: justiça!
E que esse seja um clamor de cada um de
nós.
Que, além da oração a DEUS por conforto
aos que sofrem pela morte do jovem Joacir Filho, possamos também somar uma voz
altiva num clamor incansável e incalável: exigimos justiça!
(Por Lenildo Ferreira, jornalista)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.