quarta-feira, 26 de junho de 2019

JUSTIÇA AUTORIZA SENADOR PRESO POR CORRUPÇÃO A PASSAR FÉRIAS NO CARIBE

A Justiça do Distrito Federal autorizou que o senador Acir Gurgacz (PDT-RO), que cumpre pena em regime aberto, passe férias em um resort na ilha de Aruba, no Caribe.

A viagem deve acontecer entre os dias 17 de julho e 3 de agosto.
Acir Gurgacz vai ficar 18 dias hospedado no Renaissance Aruba Resort & Casino, cuja diária é de R$ 4 mil.
Segundo a Vara de Execuções Penais (VEP), o senador não poderá consumir bebidas alcoólicas e nem poderá frequentar “locais de prostituição, jogos, bares e similares”.
O senador foi condenado por desviar recursos de um financiamento obtido junto ao Banco da Amazônia, entre os anos de 2003 e 2004, quando o senador era diretor da empresa de ônibus Viação Eucatur.
Ele cumpre pena de  4 anos e 6 meses.
Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Pública Federal, Gurgacz obteve, mediante fraude de documentos e dispensa indevida de garantias, um empréstimo de R$ 1,5 milhão para a renovação da frota de ônibus da empresa.
O dinheiro, porém, não foi utilizado para a aquisição de veículos novos, conforme previsto no contrato, mas somente em parte para compra de veículos velhos reformados, com mais de 11 anos de uso, diz a denúncia.
Cerca de R$ 510 mil teriam sido embolsados pelo próprio  Acir Gurgacz , sendo apresentadas notas fiscais falsas para acobertar o desvio.
(Por iG Último Segundo, com informações da Istoé)
O QUE DIZ O G1
JUSTIÇA AUTORIZA SENADOR EM PRISÃO DOMICILIAR A PASSAR FÉRIAS NO CARIBE

O senador Acir Gurgacz (PDT-RO), que cumpre pena em regime aberto e dá expediente no Congresso, recebeu autorização da Justiça do Distrito Federal para passar férias em um resort na ilha de Aruba, no Caribe.
A viagem está prevista para ocorrer de 17 de julho a 3 de agosto.
A medida, que também recebeu parecer favorável do Ministério Público do DF, tem o poder de suspender temporariamente a execução da pena aplicada ao político durante o período em que ele estiver fora do país.
Em outubro do ano passado, Acir Gurgacz foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão por crimes contra o sistema financeiro.
De acordo com a denúncia, o senador teria obtido, mediante fraude, um financiamento junto ao Banco da Amazônia e se apropriado de R$ 525 mil.
A reportagem tenta contato com a defesa do político.
FÉRIAS NO RESORT
Enquanto estiver de férias, Gurgacz pretende se hospedar por 18 dias no Renaissance Aruba Resort & Casino.
Uma diária no hotel, no mar do Caribe, custa em média R$ 4 mil, segundo a página do estabelecimento na internet.
De acordo com as regras da Vara de Execuções Penais (VEP), o senador não pode consumir bebidas alcoólicas e está proibido de frequentar "locais de prostituição, jogos, bares e similares".
O estabelecimento, no entanto, comercializa drinks e abriga um cassino.
Em regime aberto (prisão domiciliar), ele também tem que comparecer à Justiça a cada dois meses e não pode ficar fora de casa depois das 22h.
A medida não detalha, no entanto, se as regras seriam estendidas para quando o sentenciado estiver fora do país.
REGIME ABERTO
O senador Acir Gurgacz deixou o semiaberto e passou a cumprir o restante da pena em regime aberto em maio deste ano.
O parlamentar estava preso no Complexo Penitenciário da Papuda desde outubro do ano passado e tinha autorização para dar expediente no Senado durante o dia, desde que retornasse à cadeia à noite.
No entendimento da juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais (VEP), Gurgacz cumpriu tempo suficiente para ser contemplado com a progressão de regime — um sexto da pena à qual foi condenado, de 4 anos e 6 meses de prisão.
Além disso, a magistrada afirmou ainda que "inexistem faltas graves pendentes de apuração" relacionadas ao senador.
Pelos cálculos da VEP, Gurgacz ficou 9 meses e 9 dias na prisão. Ainda faltam 3 anos, 8 meses e 21 dias, que poderão ser cumpridos em casa.
A fim de encurtar a pena, o político fez cursos à distância.
Entre eles o de formação para vendedor, de atendimento ao público e técnicas básicas em arquivo e informação.
DENÚNCIA
Conforme a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), no período de 2003 a 2004, o senador teria obtido, mediante fraude, financiamento junto ao Banco da Amazônia com a finalidade de renovar a frota de ônibus da Eucatur, empresa de transporte gerida por ele.
De R$ 1,5 milhão liberados, Acir Gurgacz foi acusado de se apropriar de R$ 525 mil.
Com o restante, comprou ônibus velhos, diferentemente do objeto do empréstimo que era a compra de ônibus novos, prestando contas com notas fiscais falsas.
(Por Marília Marques e Gabriel Luiz, G1 DF e TV Globo)

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