Os policiais militares que estão
trabalhando no Maior São João do Mundo, em Campina Grande, chegam a receber
R$3,80 pelas horas-extras de serviço no “quartel general do forró”.
A informação foi dada pelo vereador
campinense Sargento Neto (PRTB), durante entrevista ao RC Notícias, da Rádio
Caturité, nesta terça-feira (18/06).
Segundo Neto, os policiais por lei
trabalham 24 horas e folgam 72 horas, mas sublinha que durante esse período
junino a folga diminuiu para 48 horas, para reforçar o quantitativo.
“Uma hora-extra, segundo um cálculo de
algumas pessoas, que é cerca de R$ 6, mas se você tirar a despesa de
combustível e alimentação, fica praticamente aí R$ 3,80 a hora trabalhada”.
O vereador explica que os policiais que
trabalham no evento chegam a trabalhar 12 horas, sendo que alguns trabalham
apenas 6 horas, podendo haver um aumento, de acordo com as definições de turno,
além de contar com um reforço de policiais de João Pessoa.
“Aquela velha escala pressionada, arrochando
aquele policial que passa 24 horas dentro de uma viatura, no seu segundo dia de
folga”, denunciou, que na Paraíba a lei de 72 horas de folga, para quem
trabalha 24 horas, é desrespeitada no estado.
“Hoje ele (os policiais) virou dependente do
serviço extra, para complementar a sua renda. Hoje a Polícia é dependente, é
escravizada para poder complementar a sua renda, porque o salário não dá”,
afirmou, acrescentando que os profissionais recém-formados chegam a receber um
salário de até R$2,6 mil, junto com outras bonificações.
Sargento Neto ainda sublinha que os
policiais, quando vão para a reforma, chegam a perder até 40% nos vencimentos.
“Então se você ainda tá na ativa, você ainda
vai estar se matando, se sacrificando pelo serviço-extra, fazendo um bico aqui
e ali, pra poder complementar a renda. E no momento que você vai para a
reforma, como por exemplo a bolsa-desempenho, se você ganhava R$ 3 mil você vai
passar a ganhar R$1,4 mil”, exemplificou.
“Isso praticamente obriga o policial a
permanecer, ou a ir para a guarda de reserva, ele é praticamente obrigado a
trabalhar para poder suplementar”, disse, lamentando a atual situação
salarial dos policiais militares da Paraíba.
(Por Renato Araújo – Se Liga PB)
Foto: Renato Araújo
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