A Justiça Federal em Alagoas determinou
o cancelamento da concessão, permissão ou autorização do serviço de
radiodifusão sonora ou de sons e imagens outorgado à TV Gazeta de Alagoas, à Radio Clube de Alagoas e à Rádio Gazeta de Alagoas, por terem
em seu quadro societário o senador Fernando Collor (PROS/AL), licenciado.
A decisão acolhe pedido do Ministério
Público Federal e mantém 'a prestação
dos serviços atualmente realizados pelas empresas concessionárias até o
trânsito em julgado da sentença'.
As informações foram publicadas pelo
site da Procuradoria da República, em Alagoas nesta quarta-feira (10/07).
Além de Collor, o deputado João Henrique
Caldas (PSB-AL), o JHC, responde à ação civil pública.
O Ministério Público Federal informou
que a sentença, de junho, atendeu à totalidade de seus pedidos.
A Justiça condicionou à manutenção da
sentença após o trânsito em julgado: a condenação da União a não renovar a
outorga, bem como realizar nova licitação; a condenação das empresas
concessionárias para não mais operarem os serviços nem pleitearem a renovação
da outorga; a cominação de multa diária em caso de descumprimento da ordem
judicial.
A Procuradoria apresentou a ação civil
pública para cancelar as concessões de radiodifusão que têm como sócios
parlamentares federais eleitos por Alagoas.
A ação é baseada em dispositivo da
Constituição que proíbe congressista de 'firmar
ou manter contrato com empresa concessionária de serviço público' (art. 54)
e foi ingressada após denúncia de entidades da sociedade civil, entre elas a
associação Intervozes e o Fórum Interinstitucional pelo Direito à Comunicação
(Findac).
O inciso II, alínea a, do mesmo artigo,
veda aos parlamentares serem proprietários, controladores ou diretores de
empresas que recebam da União benefícios previstos em lei.
A regra também impede a participação de
congressistas em prestadoras de radiodifusão, visto que tais concessionárias
possuem isenção fiscal concedida pela legislação.
O processo judicial iniciado pela
Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em Alagoas (PRDC), pediu a
suspensão das concessões de rádios e de TV a Collor, que aparece nos registros
oficiais como sócio dos veículos de comunicação.
O Ministério Público Federal solicitou
ainda que a União, por intermédio do Ministério das Comunicações, realize nova
licitação para os serviços de radiodifusão, abstendo-se de conceder renovações
ou futuras outorgas do serviço de radiodifusão ao senador.
ATUAÇÃO
Com autorização da Procuradoria Geral da
República, procuradores de São Paulo receberam, em novembro de 2015,
representação de 13 organizações da sociedade civil denunciando 40
parlamentares de 19 estados brasileiros que, segundo o Sistema de Acompanhamento
de Controle Societário (Siacco), da Anatel, seriam sócios/as de emissoras de
rádio e televisão no país.
As entidades solicitaram que o
Ministério Público Federal atuasse para que estas empresas tivessem suas
licenças canceladas, tendo em vista que a Constituição proíbe que congressistas
sejam sócios ou associados de concessionárias de serviços de radiodifusão.
O documento entregue ao Ministério
Público Federal elencava 32 deputados federais e 8 senadores dos estados de Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Goiás,
Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de
Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São
Paulo e Tocantins.
A representação foi encaminhada às
unidades do Ministério Público Federal em cada um dos estados para que fossem
adotadas medidas localmente.
A partir disso, várias ações foram
iniciadas no país, como em Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Pará e
Amapá.
Algumas decisões judiciais em tribunais
superiores, retirando as concessões das mãos de parlamentares, já existem.
Elas seguem o entendimento do Supremo
Tribunal Federal (STF), que também se manifesta contrário ao controle de
políticos sobre veículos de comunicação.
(Por Estadão)
OLHA A CARA DE ARROGÂNCIA DESSE DEMÔNIO,LIXO DE ALAGOAS....
ResponderExcluirÉ MUITO É CORNO
ResponderExcluirPior que Collor é o demônio Bossonaro que esta acabando com os direitos dos mais humildes.
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