Em atendimento à solicitação da
Secretaria de Educação da Prefeitura Municipal de Campina Grande, representantes
do Ministério Público Federal (MPF) e da Controladoria-Geral da União (CGU)
estiveram reunidos na noite dessa sexta-feira (26/07), na sede do MPF em
Campina Grande, com integrantes da gestão municipal.
Durante o encontro, os órgãos de
controle, diante da situação emergencial exposta pela prefeitura e visando a
continuidade do fornecimento da merenda nas escolas e creches do município,
alertaram que existem mecanismos legais para que não haja interrupção, após a
deflagração da Operação Famintos.
Ainda na reunião, os integrantes do MPF
e CGU informaram que não se opõem à contratação emergencial, prevista em lei,
para garantir merenda em escolas e creches pelo prazo de 90 dias.
Nesta sexta-feira, de acordo com informações repassadas na reunião, foram suspensos todos os contratos vigentes relativos ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) com as empresas alvo da operação, que fornecem merenda escolar na rede municipal de ensino de Campina Grande.
Nesta sexta-feira, de acordo com informações repassadas na reunião, foram suspensos todos os contratos vigentes relativos ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) com as empresas alvo da operação, que fornecem merenda escolar na rede municipal de ensino de Campina Grande.
O MPF e a CGU advertiram, ainda, sobre a
necessidade de criação de órgão de controle interno municipal.
Ressaltaram também a importância de
serem observados os princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência nos procedimentos licitatórios para
contratação de empresas fornecedoras de merenda escolar, pontuando inclusive a
imprescindibilidade da adequada pesquisa de preços nos termos da Resolução
18/2018 do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Por fim, destacaram a necessidade de
boas práticas, entre as quais, a adoção do pregão eletrônico, ao invés de
pregão presencial, por ser uma modalidade mais adequada, segundo entendimento
do Tribunal de Contas da União (TCU).
Ata
da reunião
Segundo a procuradora do Ministério
Público Federal, Acácia Suassuna, “a gestão da Prefeitura Municipal de Campina
Grande dispõe de instrumentos legais para garantir a continuidade do
fornecimento da merenda escolar”.
Pontuou ainda que “a reunião tratou de duas
questões centrais: a situação emergencial, trazida pela prefeitura, e o novo
procedimento licitatório que deve ser realizado”.
Em relação às novas licitações, a
procuradora realçou a “necessidade da descrição clara e precisa
do objeto do edital, com a pesquisa adequada de preços, conjugando não só as
propostas, mas também os portais disponíveis de preços, considerada a realidade
local, além da máxima publicidade”.
Já o superintendente da CGU na Paraíba,
Gabriel Wright, deixou claro que o MPF e a CGU não emitiram recomendação, mas
alertas no sentido de que a legislação seja efetivamente cumprida e que o
fornecimento de merenda no município não seja prejudicado.
“O edital da próxima licitação não pode ser
omisso, devendo ser transparente, ter maior publicidade e clareza. Deve ter o
objeto bem definido, possibilitando maior participação e competitividade, fato
que não ocorreu no edital da última licitação envolvendo a contratação de
empresas fornecedoras de merenda em Campina Grande”, enfatizou Wright.
Operação
Famintos
A Operação Famintos, deflagrada na
última quarta-feira (24), investiga esquema criminoso de fraudes em licitações
e contratações em Campina Grande (PB), nos últimos sete anos, com pagamentos vinculados
a verbas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
Todos os 34 mandados de busca e
apreensão autorizados pela Justiça Federal na Paraíba foram cumpridos em
residências, empresas e órgãos públicos.
Dos 14 mandados de prisão temporária, apenas
um ainda não foi cumprido.
(Do Blog do Paulo Pessoa – MPF)
quando o ministério público descobre o desvio de verba da merenda eles ficam todos comovidos querendo resolver o problema.kkk...
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