*Cantora campinense tinha 73 anos
A música nordestina e o forró pé de
serra amanheceram sem uma voz incansável.
Na tarde desta quarta-feira (07/08)
Geralda foi vítima de um infarto na UPA Dinamérica, onde estava internada.
Ela, segundo familiares, descobriu dois
nódulos malignos no pescoço, além disso, o pulmão estava desgastado e o coração
"crescido".
A cantora descobriu muito tarde, ainda
de acordo com familiares, que estava com um câncer.
O velório está ocorrendo no Digna da
Avenida Juscelino Kubitscheck, no Presidente Médici.
O enterro será 16h00, no cemitério do
Bairro Cruzeiro.
Muitas vezes pelos problemas de saúde, a
guerreira teve que diminuir a rotina de trabalho, mas nunca se deixou abalar,
Nunca lhe faltaram o talento, a alegria
e força de vontade.
Geralda Velez nasceu em 24 de dezembro
de 1945.
A cantora começou sua trajetória profissional
(impulsionada) na Rádio Borborema na década de 1970 quando foi convidada por
Eraldo Cesar, onde ficou nos quadros da emissora, como contratada, por
aproximadamente 14 anos.
A partir de então foi uma voz presente nos programas de auditório.
A partir de então foi uma voz presente nos programas de auditório.
Cantou também no programa de Rosil Cavalcante.
Geralda contou, no programa Itararé
Junino/TV Itararé/Cultura, que um dos momentos marcantes e dramáticos da
carreira e da vida dela, ocorreu na Rádio Caturité, antes de uma apresentação.
Ela disse que estava lavando o rosto e
de repente percebeu, pelo espelho, que o seu rosto estava deformado devido a
uma paralisia facial.
Isso foi, de certa maneira, um “divisor
de águas”, pois retirou por determinado tempo a cantora do meio artístico.
Porém, com entusiasmo, Geralda nunca desaminou
e continuou no cenário cantado a vida.
“Gosto de cantar baião, gosto de cantar forró,
gosto de cantar seresta, canto samba demais, canto tudo, canto todos os ritmos.
Eu vivo o meu público”.
Na mesma entrevista, ela disse que
começou na música aos seis anos.
É uma história de mais de meio século.
Por várias vezes tive oportunidade de
vê-la cantar nas palhoças (refúgios fiéis para o forró autêntico) e Pirâmide do
Parque do Povo.
Tive oportunidade, por várias vezes, de
ser abordado por ela, nas ruas de Campina, e compreender muito mais o que é ser
uma artista no campo de batalha todos os dias para “empurrar” o seu trabalho musical
para frente.
Fica aqui o meu reconhecimento a uma
artista sensata e sensível.
Foi bom conhecê-la.
O forró agradece!
(Por www.renatodiniz.com)
Grande artista, excepcional ser humano, estimável reserva cultural da nossa cidade.
ResponderExcluir