A Polícia Federal desencadeou, na manhã
desta quinta-feira (22/08) a segunda fase da Operação Famintos, que apura
fraudes na merenda escolar e em licitações de Campina Grande.
Entre os presos dessa nova fase está o
vereador de Campina Grande, Renan Maracajá.
Ele já havia sido citado durante a
primeira fase das investigações.
Renan Maracajá (PSDC) foi eleito
vereador em 2016 pela primeira vez, sendo o parlamentar mais votado do
município, com 4.977 votos.
No início das investigações, a
assessoria dele divulgou uma nota negando qualquer envolvimento de Renan no
suposto ‘esquema’. “Ele nega qualquer envolvimento e
relação com os acusados, bem como se coloca à disposição da justiça para
colaborar com as investigações, acreditando na justiça e que a verdade dos
fatos virá à tona”, descreveu a nota.
A Segunda fase da Operação Famintos tem
a participação da Controladoria-Geral da União (CGU), da Polícia Federal (PF) e
do Ministério Público Federal (MPF).
O objetivo é combater a prática de
crimes de fraude à licitação, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e de corrupção,
na aquisição de gêneros alimentícios e merenda escolar para alunos da rede
municipal de ensino de Campina Grande.
A investigação iniciou-se a partir de
representação autuada no MPF relatando a ocorrência de irregularidades em
licitações realizadas para a compra de merenda escolar por meio de verbas
oriundas do PNAE, mediante a contratação de empresas “de fachada”, o que deu
ensejo à primeira fase da Operação.
Considerando as informações e a
documentação colhidas na primeira fase da operação, existiu o aprofundamento
dos trabalhos pelos órgãos parceiros (CGU, MPF e PF), constatando-se que os
investigados, além de fraudarem as licitações, promoviam a combinação entre si
para a divisão irregular do fornecimento dos gêneros alimentícios para as escolas
da rede municipal de ensino de Campina Grande.
Na tentativa de ocultar as transações
realizadas entre as empresas contratadas formalmente pelos Conselhos Escolares
e os reais fornecedores dos gêneros alimentícios, o grupo investigado
utilizava-se de contas bancárias pertencentes a pessoas físicas, para as quais
eram repassados os pagamentos recebidos das escolas.
Os trabalhos contam com a participação
de 04 auditores da CGU e cerca de 60 policiais federais, sendo cumpridos 14
mandados de busca e apreensão, 05 de prisão temporária e 03 de prisão
preventiva.
OS
PRESOS:
As investigações da Polícia Federal e do
Ministério Público Federal (MPF) durante a segunda fase da Operação Famintos
revelam que o vereador Renan Maracajá (PSDC), alvo de um mandado de prisão
juntamente com outras sete pessoas na manhã desta quinta-feira chegou a se
reunir com outros empresários para ‘lotearem’ o fornecimento da merenda escolar
em Campina Grande.
Na segunda fase das investigações o foco
é a distribuição dos alimentos diretamente para as escolas do município, mais
de 100 unidades escolares no total.
No relatório do MPF, os investigadores
afirmam que o parlamentar tinha uma participação ativa nas negociações.
Ele seria o administrador, de fato, da
empresa Lacet Comercial, que teria participado de várias licitações com o
município.
“Embora
Renan Tarradt Maracajá formalmente não seja mais sócio da Lacet, ele ainda
administra a empresa, de modo que Renan Oliveira Felix e André Nunes de
Oliveira Lacet (também preso) são, ao que tudo indica, “laranjas” utilizados
para ocultar o controle de Renan Tarradt Maracajá sobre a pessoa jurídica. Isso
foi confirmado por meio dos documentos apreendidos na residência de Renan
Tarradt Maracajá e na sede da Lacet Comercial quando da execução das medidas de
busca e apreensão cumpridas por meio da Operação Famintos”, relata o
documento.
Em depoimento à Polícia Federal, o
empresário Marco Antônio Querino da Silva (Macarrão), investigado e preso na
primeira fase da Famintos, relatou encontros que manteve encontros com o
vereador e outros empresários, para tratar das licitações.
(Coluna Pleno Poder/Jornal da Paraíba)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirCuriosamente essa empresa Lacet também levou licitações consecutivas para a pintura de escolas e creches municipais. Valores consideráveis envolvidos. Esse Lacet, o "laranja" de Maracajá, é um funcionário comissionado da Câmara Municipal de Vereadores.
ResponderExcluirTem que investigar em todas as prefeituras do estado isso êxiste nos 223 municípios da Paraíba
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