O homem suspeito de mandar matar o pai,
o auditor fiscal Paulo Germano Teixeira de Carvalho, de 67 anos, também
pretendia matar a irmã, segundo informou o delegado Hugo Hélder, titular da
Delegacia de Crimes Contra a Pessoa de João Pessoa.
Inicialmente o crime, que
ocorreu no dia 7 de julho, foi tratado como assalto, mas nesta segunda, três
suspeitos foram presos na “Operação Édipo”.
O auditor fiscal foi atingido por tiros
na cabeça e no ombro e morreu no dia 8 de julho, no hospital.
A suspeita sobre o filho surgiu durante o
velório, quando uma das pessoas que estavam no local questionou o motivo de
Paulo Rodrigo ter perguntado, dias antes, se ela tinha uma arma.
A Polícia Civil informou que o filho da
vítima, Paulo Rodrigo Ribeiro Teixeira de Carvalho, de 36 anos, ofereceu R$ 4 mil pelo crime, com o objetivo de
ficar com o dinheiro do pai.
Desse valor, R$ 3 mil seriam para Carlos Roberto Ferreira Pontes, de 36 anos,
que articulou o homicídio, enquanto o executor, Diego da Silva Cavalcanti, de
25 anos, receberia R$ 1 mil.
Essa quantia, porém, não foi paga.
Cerca de dois meses antes do crime, o
filho da vítima teria procurado Carlos Roberto, que prestava serviços para a
família como pedreiro e pintor, e perguntado se ele mataria Paulo Germano.
À época, o homem disse que sim e,
conforme a polícia, o filho da vítima conseguiu uma arma para o crime, conforme
informou o delegado em uma coletiva de imprensa, nesta segunda (26).
Ainda segundo a Polícia, o pedreiro
desistiu do homicídio e afirmou que havia perdido a arma, mas o filho do
auditor fiscal, não teria desistido e, um tempo depois, procurou Carlos
novamente.
Desta vez, ele não aceitou a proposta,
mas contou que conhecia outra pessoa – Diego da Silva – que aceitaria executar
a vítima.
Os três suspeitos, segundo a polícia,
devem responder por homicídio qualificado e passar por audiência de custódia.
“O
CRIME”
O delegado relatou que Paulo Rodrigo foi
quem conseguiu a arma do crime.
Ele havia acordado que o assassinato
aconteceria quando o pai estivesse saindo da igreja.
Entretanto, o pneu da moto de Diego
furou e ele não conseguiu chegar até o local.
Por isso, o filho foi pegar Diego na
casa dele e o levou até a granja onde a vítima foi morta.
A polícia investiga também um caseiro da
granja, e a versão apresentada por Diego, de que o filho teria sido o autor dos
disparos contra a vítima.
Diego relatou à polícia que não recebeu
o valor acordado e que ficou apenas com o que foi roubado da vítima na granja,
R$ 1,8 mil e dois celulares.
(Do Paraíba Todo Dia)
Foto: Zuíla David
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