O presidente Jair Bolsonaro assinou
nesta quarta-feira (04/09) uma medida provisória (MP) que prevê o pagamento de
pensão vitalícia para crianças com microcefalia causada pelo vírus da zika.
O valor da pensão será de um salário
mínimo, atualmente em R$ 998.
A assinatura da MP aconteceu em uma
cerimônia no Palácio do Planalto da qual também participaram a primeira-dama,
Michelle Bolsonaro, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, e outras autoridades.
Por se tratar de medida provisória, o
ato de Bolsonaro terá força de lei assim que publicado no "Diário Oficial
da União".
A partir daí, o Congresso Nacional terá
até 120 dias para aprovar a MP conforme o governo a enviou ou com alterações.
Durante a cerimônia de assinatura,
Bolsonaro pediu aos parlamentares que não alterem a MP, acrescentando que, se a
redação for modificada, ele irá vetar.
"Não alterem essa MP, não façam
demagogia", afirmou.
Sem citar nomes, Bolsonaro afirmou ter
"pedido a Deus" que "ilumine pessoas malignas" que, segundo
ele, "vivem entre nós".
"Peço a deputados e senadores que
não alterem essa medida provisória. Não façam demagogia, já que não tiveram
competência ou caráter para fazer em governos anteriores. Caso contrário, terei
que vetar, para não cometer crime de responsabilidade e ser submetido a crime
de impedimento", declarou o presidente.
Entenda a medida provisória
De acordo com o Ministério da Cidadania:
*Serão beneficiadas as famílias que
recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC);
*As crianças têm de ter nascido entre
2015 e 2018;
*As crianças precisam ter microcefalia
causada pelo vírus da zika;
*A pensão especial deverá ser solicitada
ao INSS;
*O benefício será concedido após perícia
médica confirmando a relação entre a microcefalia e o vírus;
*As famílias terão de optar pela pensão
vitalícia ou pelo BPC, não podendo acumular os dois pagamentos.
De acordo com o Ministério da Cidadania,
há no país 3.112 crianças com microcefalia, nascidas entre 2015 e 2018, que
recebem o BPC.
LEGISLAÇÃO
ATUAL
A legislação atual prevê o pagamento do
BPC a famílias com crianças vítimas do zika por, no máximo, três anos.
A renda familiar também é levada em
conta.
Com isso, segundo o governo, famílias
que conseguem emprego ou aumento de renda perdem o direito ao benefício.
O texto da medida provisória retira essa
regra e mantém a pensão mesmo que a renda familiar mude.
"As mães passaram a ganhar BPC,
mas não podiam ter emprego, qualquer atividade. Porque, a renda aumentando,
elas perdiam direito ao BPC. A grande maioria é diarista, 80%, 90%, se parassem
de trabalhar, não teriam renda nenhuma. E tiveram que parar, porque as crianças
com essa síndrome exigem muito de quem cuida", declarou Osmar
Terra.
RELAÇÃO
ENTRE O VÍRUS E A MICROCEFALIA
Em novembro de 2015, o Ministério da
Saúde reconheceu a relação entre a microcefalia e o vírus da zika.
No mesmo ano, a Organização Mundial de
Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde emitiram um alerta mundial sobre a
epidemia do vírus.
(Por Mateus Rodrigues, TV Globo —
Brasília)
Este homem tem o coração grande parabéns presidente até 2050
ResponderExcluirSe pegar esse dinheiro todo que é apreendido no mundo do tráfico da pra repartir pra esses meninos que nasceram com essa doenca
ResponderExcluirÉ um direito dessas crianças ele não está fazendo mais que obrigação tá ok povo burro.
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