O
Ministério Público Federal, por meio da Força Tarefa da Lava-Jato em São Paulo,
denunciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o irmão dele, José
Ferreira da Silva (mais conhecido como Frei Chico) por corrupção passiva, e os
executivos Alexandrino Alencar e os empresários Marcelo e Emilio Odebrecht por
corrupção ativa.
De acordo com a denúncia, "entre 2003 e 2015, Frei Chico, sindicalista
com carreira no setor do petróleo, recebeu R$ 1.131.333,12, por meio de
pagamento de 'mesada' que variou de R$ 3 mil a R$ 5 mil e que era parte de um ‘pacote1
de vantagens indevidas oferecidas a Lula, em troca de benefícios diversos
obtidos pela Odebrecht junto ao governo federal".
O G1 procurou a defesa de Lula e aguarda
resposta.
Segundo o MPF, Lula sugeriu que a
Odebrecht contratasse Frei Chico para intermediar um diálogo entre a construtora
e os trabalhadores.
Ao final do contrato, em 2002, Frei
Chico teria passado a receber uma mesada para manter uma relação favorável aos
interesses da companhia.
Em abril de 2017, o ex-diretor da
Odebrecht, Alexandrino Alencar, disse em delação premiada que Frei Chico
recebeu mesadas da empreiteira por 13 anos.
Na ocasião, Lula afirmou: "Eu
nunca dei 1 real pro meu irmão Frei Chico porque ele nunca precisou, nunca
pediu pra mim. Olha, se a Odebrecht resolveu dar R$ 5 mil pro meu irmão, é
problema da Odebrecht", disse.
"Por que é que tem que colocar o
meu nome nisso?".
Também em 2017, após a delação de
Alexandrino Alencar, a defesa de Frei Chico afirmou que ele não recebeu nenhuma
mesada.
(G1 SP)
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