O delegado Diógenes Fernandes,
responsável pelo caso do confronto envolvendo polícias militares do Rio Grande
do Norte e da Paraíba, ocorrido nesta terça-feira (29/10) no município de
Tacima, afirmou que os agentes potiguares envolvidos devem ir a júri popular,
além de responderem por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
Diógenes comanda a seccional de Solânea,
que atende Tacima.
Em contato com a reportagem, o delegado
disse que a população está “consternada” com o fato, que resultou em uma troca
de tiros e na morte do policial paraibano, Edmo Tavares, de 37 anos, na zona
rural do município do agreste paraibana.
“Era um policial exemplar”, lamentou
Diógenes.
ENTENDA
O CASO
Três policiais militares do Rio Grande
do Norte – um subtenente, um sargento e um cabo – irão responder a inquéritos
criminais, na esfera civil e militar, pela morte do policial militar paraibano
Edmo Tavares.
O PM da Paraíba morreu após uma troca de
tiros no distrito de Cachoeirinha, em Tacima.
Segundo a PM do RN, as armas dos três
policiais militares foram apreendidas pela Polícia Civil da Paraíba.
Após serem ouvidos em depoimento, eles
foram liberados e retornaram a Nova Cruz, na região Agreste potiguar, onde são
lotados.
Os três também foram afastados de suas
atividades de policiamento e, enquanto durar as investigações devem ficar
atuando apenas administrativamente.
Assessor de imprensa da PM do RN, o
tenente-coronel Eduardo Franco revelou ao Agora
RN que o subtenente, o sargento e o cabo relataram que foram à Paraíba dar
cumprimento a um mandado de prisão contra um foragido da Justiça.
Em declaração realizada durante a
coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (30) o comandante-geral da
Polícia Militar do Rio Grande do Norte, coronel Alarico Azevedo, informou que
não teve conhecimento da existência da operação nem autorizou que policiais
militares potiguares fossem à Paraíba dar cumprimento a qualquer mandado de
prisão.
“Como eu não sabia, não autorizei nem
comuniquei ao comandante-geral da PM da Paraíba que haveria uma operação lá. Se
eu soubesse, teria entrado em contato, como sempre faço, e a ação teria sido
realizada em conjunto, como sempre deve ser”, ressaltou Alarico durante
coletiva de imprensa realizada nesta manhã.
(Por Agora RN)
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