Desde o início deste ano Campina Grande
utiliza um sistema de integração temporal no transporte coletivo, que permite
ao usuário fazer mais de uma viagem utilizando apenas uma passagem – em 70
minutos.
Mas uma prática tem ameaçado esse
formato e causado prejuízos para as empresas: o esquema da ‘janelinha’.
A fraude provoca um prejuízo de
aproximadamente “555 mil reais” por mês para o sistema, alcançando cerca de 151
mil passagens por mês.
As estimativas são do Sindicado das
empresas de Transporte de Passageiros do município (Sitrans).
De acordo com a entidade, a fraude da
‘janelinha’ acontece principalmente no Centro da cidade, quando alguém adquire
uma passagem (R$3,70) e depois repassa o cartão para outros passageiros em
paradas de ônibus.
O terceiro paga um valor menor ao
usuário, passa o cartão na roleta do coletivo e depois devolve o equipamento
pela janela; daí o nome “esquema da janelinha”.
Atualmente o sistema faz o transporte de
1,8 milhão de passageiros por mês.
Desses, 42% são gratuidades, que
englobam idosos, pessoas com deficiência e a segunda passagem da integração
temporal (também contabilizada como gratuidade pelas empresas).
Desse total (756 mil mensais) de
gratuidades, as estimativas são de que 20% corresponderiam à atuação da
‘janelinha’.
“Ela opera na gratuidade. É operada por
pessoas indevidamente. Quando eu pego um carro de um bairro lá, em qualquer
ponto eu faço a integração. O janelinha é quem pega o cartão aqui e faz a
integração em outro carro”, comentou o diretor institucional do
Sitrans, Anchieta Bernardino.
As empresas procuram a polícia para
denunciar o esquema e um inquérito foi instaurado para investigar a prática,
mas até agora ninguém foi preso.
(Pleno Poder/Jornal da Paraíba)
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