Depois de passar por um momento de susto
e tensão com a saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da cadeia, o
núcleo político do governo de Jair Bolsonaro avalia que o petista não terá mais
superexposição nas redes sociais e no noticiário.
“É para deixar o Lula falando sozinho daqui
em diante. Temos de focar nas pautas positivas”, disse o presidente
Bolsonaro à sua equipe, numa conversa recente no Palácio do Planalto.
Organizador da estratégia, o próprio
Bolsonaro, no entanto, terá de segurar seu temperamento explosivo para a aposta
dar resultado.
Na ofensiva para conter o primeiro
adversário de peso do governo, a equipe do Planalto considera fundamental que o
vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), o filho "02" do presidente,
continue afastado das redes sociais, sem criar novos embaraços.
Logo após os primeiros discursos de
Lula, com ataques ao governo, Bolsonaro chegou a escrever no Twitter que não
responderia a “criminosos, que por ora estão soltos”.
No entendimento do presidente, se não
for para o ringue, ele reduzirá a inserção de Lula no jogo político, relataram
integrantes do núcleo do governo ao Estado.
APREENSÃO
No fim de semana após a soltura de Lula,
a apreensão tomou conta não apenas do Planalto, como de representantes
influentes do Judiciário e até de parlamentares moderados.
No sábado e domingo passados, muitas
reuniões e conversas pessoais e ao telefone foram realizadas entre integrantes
dos três Poderes.
Havia temor de que os discursos de Lula
fora da cela da Polícia Federal, onde ficou preso por um ano e sete meses,
levassem militantes petistas a promover manifestações.
Bolsonaro e os mais exaltados
integrantes do núcleo de governo chegaram a pensar na aplicação da Lei de
Segurança Nacional (LSN), uma das normas de repressão da ditadura que não foram
varridas no período democrático.
Informações dos serviços de
inteligência, porém, indicavam que não haveria manifestos virulentos como os
que ocorrem em Santiago ou La Paz.
Somava-se ao temor a realização do
encontro dos Brics, ao longo da semana passada, em Brasília, com a presença de
presidentes de Rússia, China e África do Sul, além do primeiro-ministro da
Índia.
Para evitar atos violentos, um forte
esquema de segurança foi montado.
O decreto de Garantia da Lei e da Ordem
(GLO) para esses dias deu o comando das ações de segurança às Forças Armadas,
para facilitar a mobilização policial na Esplanada dos Ministérios.
Ainda havia preocupação sobre como a
cúpula militar reagiria a possíveis protestos com atos agressivos.
Diante da Batalha de Itararé que não
houve, os integrantes do Alto Comando se acalmaram.
Os militares, então, recorreram ao
bordão de que não há “outro caminho” fora o respeito à Constituição e à
democracia.
Soou como música um recado endereçado a
Lula e à esquerda, enviado pelo ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF).
Em entrevista ao Estado na noite de domingo (10/11) o autor do voto de minerva que
permitiu a Lula deixar a prisão criticou o radicalismo e avisou que o
Judiciário “saberá” agir pela “pacificação social”.
“Se alguém quer se valer da Justiça para uma
luta social, não vai conseguir. A Justiça não tolerará uma crise institucional”,
afirmou Toffoli.
No Planalto, interlocutores de Bolsonaro
dizem que o Brasil de hoje é muito diferente daquele de abril de 2018, quando
Lula foi preso.
Ali, todos acreditam que o petista
voltou à cena com um tom muitos graus acima do que se esperava e isso acabou
servindo para ajudar a unir, novamente, os eleitores contrários ao PT.
Por isso, Bolsonaro avisou aos ministros
que não quer que ninguém “perca tempo” respondendo a Lula nem promovendo bate
boca nas mídias sociais.
A estratégia do silêncio deverá ser
mantida pelo governo até uma avaliação sobre o giro de Lula pelo Nordeste, hoje
seu principal reduto eleitoral.
(Tânia Monteiro - Estadão)
POR QUE ESTA CARNIÇA NÃO MORRE DE UMA VEZ ? SERÁ QUE É VERDADE QUE "VASO RUIM NÃO QUEBRA" ????
ResponderExcluirFalando sozinho ??? https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2019/11/17/lula-participa-de-festival-de-musica-no-recife.ghtml
ResponderExcluirQueria saber qual foi o momento de susto e tensão do governo.Não passa de mais um criminoso solto,e vale lembrar continua condenado.
ResponderExcluirhttps://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2019/11/17/lula-participa-de-festival-de-musica-no-recife.ghtml
ResponderExcluirhttps://www.facebook.com/josefranciscodelima.lima.792/videos/3016936335198155/UzpfSTEwMDAwNjQ1NDUzODU3NzozMDE2OTM2Mzg1MTk4MTUw/
ResponderExcluirEnquanto isso, o Queiroz e os milicianos amigos continuar soltos, apesar de todas as evidências de crimes praticado.
ResponderExcluirE os funcionários fantasmas dos gabinetes dos bolsonaros ? E os gostos de quase 20.000 por dia no cartão corporativo da mulher do presidente ?
Enfim, o que esse cara fez de bom pra população até agora, a não ser massacrar o pobre com a retired de direitos trabalhistas ?
Acorda gado !!
Dilma e lula só fizeram cagada , Bolsonaro e o prefeito fiscalizaram e melhoraram a gestão da obra , que agora e de qualidade . Prefeito pague os professores de apoio e os cuidadores . Salários atrasados .
ResponderExcluirhttps://www.imprensaviva.com/2017/09/decadencia-de-lula-assusta-aliados.html
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