Morreu na tarde desta sexta-feira
(22/11), num hospital em Recife/PE, o jornalista William Monteiro.
Ele estava se tratando de um câncer.
O velório do jornalista acontece no
Campo Santo e o sepultamento, no mesmo local, às 16h00 deste sábado (23), em Campina Grande.
William, que completaria 69 anos, cultivou
uma legião de amigos e admiradores.
Durante bastante tempo foi assessor do
político Cássio Cunha Lima.
A Associação Campinense de Imprensa, a
Associação Paraibana de Imprensa, a Câmara Municipal de Campina de Campina
Grande e a Prefeitura de Campina Grande, enviaram notas de pesar.
Monteiro nasceu em Presidente Prudente/SP.
O jornalista, segundo os colegas tinha
um habito de plantas árvores.
Plantou, segundo os colegas, mais de 2
mil mudas em Campina Grande.
Além de cuidar, quando podia, aguava as
plantas.
Marcos Alfredo coordenador de
comunicação da prefeitura de Campina Grande, amigo do jornalista William
Monteiro, escreveu:
“William, o eterno Nezim a quem amamos.
Comecei a semana sofrendo um profundo
baque pela morte precoce de minha amiga e colega Lena Guimarães, colunista do
Jornal Correio da Paraíba e analista política da TV Correio.
E na tarde desta sexta-feira (22/11)
novamente uma perda incomensurável me abala: William Monteiro, o querido ‘Nezim’,
nos deixa, após batalhar ferrenhamente pela vida no leito de um hospital de
Recife, vítima de leucemia, a praticamente um mês de completar o 69º
aniversário.
Jornalista da velha guarda, William
Monteiro passou a fazer parte de minha vida ainda nos anos 80, quando eu ainda
engatinhava e dava meus primeiros passos na carreira.
Era uma figura singular.
Inteligente, culto e espirituoso, era ao
mesmo tempo reservado, discreto e reflexivo.
Num dado momento, era capaz, com gestos
grandiloquentes e teatrais, narrar um fato com toques de dramacidade cômica e
pouco depois recolher-se em suas reflexões, ou mesmo retirar-se do ambiente de
forma sutil, quase imperceptível.
William fazia piadas da própria
depressão e, um determinado dia, lembro-me que, numa conversa casual que
estávamos tendo com o então prefeito Félix Araújo Filho, abordando sobre o que
seria o céu de cada um, após a passagem de cada um de nós para a outra
dimensão, Nezim nos fez chorar de rir.
Félix disse que imaginava-se num paraíso
que se limitava a uma superdimensionada biblioteca; lembro-me que citei que, no
meu caso, seria uma locadora de vídeo com prateleiras intermináveis. ‘Pois,
para mim, seria uma farmácia superabastecida de barbitúricos e afins’...
Assessor do ex-prefeito Ronaldo Cunha
Lima e, posteriormente, do filho do poeta, Cássio Cunha Lima, William Monteiro
tinha um acendrado senso de lealdade e uma capacidade ímpar de ser companheiro,
amigo e auxiliar, sem resvalar para o puxa-saquismo inconveniente, mas sempre
com uma preocupação com o bem-estar da figura humana por trás da capa de
político.
Era um ótimo companheiro de viagem e
nutria uma preocupação tão grande com os amigos como tinha pelas árvores,
plantadas às centenas por ele.
William Monteiro era bairro da
Liberdade.
Era o encontro rotineiro no bate-papo do
Café Aurora.
Era a visita às bancas de revistas do
Centro da cidade e sentia grande prazer em passear pelas ruas de Campina
Grande.
Sentia-se seguro e amado junto à
família, mas gostava de respeitar os ares de Campina em seus devaneios
geográficos semanais. Acompanhou várias gerações de jornalistas e tinha um
olhar desconfiado para as novas tecnologias, mas nunca fugiu ao desafio de
fazer uso delas, na medida de sua capacidade.
William Monteiro foi amigo, colega,
companheiro, marido, pai, avô e trazia dentro de si uma personalidade que
acolhia as intempéries existenciais.
Sempre deu a entender que saberia se
portar diante do encontro inevitável com a morte, mesmo sendo um amante
inveterado da vida.
Partiu com dignidade.
Deixou a todos com saudade.
Que maior legado pode um homem deixar?”.
Marcos Alfredo.
O radialista e historiador Assis Costa
escreveu:
“É uma pena e uma perda irreparável, o
prematuro falecimento do nosso estimado William Monteiro.
Que o poderoso DEUS na sua infinita bondade o acolha nos braços
do Pai Eterno!!!.
Que a mãe de DEUS Nossa Senhora da
Conceição, padroeira de Campina Grande dê o necessário consolo aos seus
enlutados familiares e incontáveis amigos, construídos nesta cidade que ele
tanto amava e defendia bravamente mesmo com a discrição que o seguia em todos
os lugares por onde passou, honrou e realizou um operoso, respeitável e
trabalho com dignidade e impar admiração por suas admiráveis atitudes.
Grande abraço ‘Negão William’, que os
anjos e Santos de DEUS, abram os seus novos caminhos nas abençoadas pairagens
por onde transitar a sua leve ALMA!!!.
Eternas saudades do seu amigo e aluno de
redação do velho DB.
Assis Costa".
Assis Costa.
(Por www.renatodiniz.com)
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