quinta-feira, 14 de novembro de 2019

SEMIÁRIDO NORDESTINO RECEBE PAÍSES DO CORREDOR SECO AMERICANO

O Semiárido nordestino e o Corredor Seco Centro-Americano estão entre as regiões mais secas do planeta e têm muitas características em comum.

Para promover a troca de experiência entre o Brasil e a América Central, o Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO levará as delegações da Guatemala, El Salvador e Honduras à cidade de Petrolina, em Pernambuco, de 19 a 26 de novembro, para uma missão de intercambio de conhecimentos.
O objetivo é promover a troca de informações sobre convivência com a seca entre especialistas da Embrapa Semiárido e de instituições parceiras e representantes dos países que integram o chamado Corredor Seco e debater as alternativas para redução do impacto da seca nesses países centro-americanos e no Brasil.
As delegações estarão presentes na oitava edição da Semiárido Show, importante feira de inovação tecnológica voltado para a agropecuária no Nordeste brasileiro, na qual participarão de diversos minicursos.
As delegações farão visitas de campo para conhecer iniciativas socioeconômicas do vale do São Francisco, incluindo produção de frutas, atividades de apoio à agricultura familiar e unidades de pesquisa e demonstração de tecnologias. 
Estima-se que cerca de 10,5 milhões de pessoas vivam no Corredor Seco, a maioria está na Nicarágua, Honduras, El Salvador e Guatemala.
Aproximadamente 60% desta população vivem em condições de pobreza.
Mais de dois milhões de famílias dependem da agricultura de subsistência e estão constantemente em risco de insegurança alimentar.
Esta visita técnica à Petrolina é parte das atividades executadas pelo projeto Iniciativa América Latina e Caribe sem Fome 2025, do Programa de Cooperação Brasil-FAO, que visa contribuir para a segurança alimentar e nutricional e superação da pobreza das populações mais vulneráveis dos países parceiros, favorecendo a restauração das condições de resiliência a desastres ou ameaças à sua segurança alimentar e nutricional.
"Esperamos que no final desta missão à Petrolina, os gestores e técnicos voltem para seus países com novos conhecimentos adquiridos e que possam desenvolver ações que melhorem a capacidade de recuperação da população rural vulnerável, que é a que mais sofre com os grandes períodos de seca. Para o Brasil também será uma valiosa oportunidade de aprendizagem com estes países, que contam com uma rica experiência neste tema", avaliou o coordenador do projeto, Ronaldo Ferraz.
A missão de intercâmbio de experiências entre países do Corredor Seco Centro-Americano é promovida de forma conjunta pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e conta com apoio do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA) e da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).
(Climatempo)

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