O Semiárido nordestino e o Corredor Seco
Centro-Americano estão entre as regiões mais secas do planeta e têm muitas
características em comum.
Para promover a troca de experiência
entre o Brasil e a América Central, o Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO
levará as delegações da Guatemala, El Salvador e Honduras à cidade de
Petrolina, em Pernambuco, de 19 a 26 de novembro, para uma missão de
intercambio de conhecimentos.
O objetivo é promover a troca de
informações sobre convivência com a seca entre especialistas da Embrapa
Semiárido e de instituições parceiras e representantes dos países que integram
o chamado Corredor Seco e debater as alternativas para redução do impacto da
seca nesses países centro-americanos e no Brasil.
As delegações estarão presentes na
oitava edição da Semiárido Show, importante feira de inovação tecnológica
voltado para a agropecuária no Nordeste brasileiro, na qual participarão de
diversos minicursos.
As delegações farão visitas de campo
para conhecer iniciativas socioeconômicas do vale do São Francisco, incluindo
produção de frutas, atividades de apoio à agricultura familiar e unidades de
pesquisa e demonstração de tecnologias.
Estima-se que cerca de 10,5 milhões de
pessoas vivam no Corredor Seco, a maioria está na Nicarágua, Honduras, El
Salvador e Guatemala.
Aproximadamente 60% desta população
vivem em condições de pobreza.
Mais de dois milhões de famílias
dependem da agricultura de subsistência e estão constantemente em risco de
insegurança alimentar.
Esta visita técnica à Petrolina é parte
das atividades executadas pelo projeto Iniciativa América Latina e Caribe sem
Fome 2025, do Programa de Cooperação Brasil-FAO, que visa contribuir para a
segurança alimentar e nutricional e superação da pobreza das populações mais
vulneráveis dos países parceiros, favorecendo a restauração das condições de
resiliência a desastres ou ameaças à sua segurança alimentar e nutricional.
"Esperamos que no final desta
missão à Petrolina, os gestores e técnicos voltem para seus países com novos
conhecimentos adquiridos e que possam desenvolver ações que melhorem a
capacidade de recuperação da população rural vulnerável, que é a que mais sofre
com os grandes períodos de seca. Para o Brasil também será uma valiosa
oportunidade de aprendizagem com estes países, que contam com uma rica
experiência neste tema", avaliou o coordenador do projeto, Ronaldo
Ferraz.
A missão de intercâmbio de experiências
entre países do Corredor Seco Centro-Americano é promovida de forma conjunta
pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO),
Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), e conta com apoio do Fundo Internacional de
Desenvolvimento Agrícola (FIDA), do Instituto Regional da Pequena Agropecuária
Apropriada (IRPAA) e da Universidade Federal do Vale do São Francisco
(Univasf).
(Climatempo)
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