O governador da
Paraíba, João Azevêdo (sem partido), exonerou duas pessoas envolvidas na sétima
fase da Operação Calvário, que aconteceu nesta terça-feira (17/12).
As exonerações
de Edvaldo Rosas e Cláudia Veras foram publicadas no Diário Oficial do Estado
(DOE) desta quarta-feira (18).
Até as 6h00 desta quarta-feira, 13 pessoas foram
presas, sendo nove na Paraíba, duas no Rio Grande do Norte, uma no Rio de
Janeiro e uma no Paraná.
Todos os 54 mandados de busca e apreensão foram
cumpridos.
Edvaldo Rosas, alvo de
mandado de busca e apreensão, deixa o cargo, a pedido, de secretário chefe do
governo.
Ele é apontado como beneficiário direto das propinas.
A denúncia do
Ministério Público o coloca em patamar semelhante ao de Ivan Burity, o
ex-secretário de Turismo, que deixou a prisão recentemente. O agora
ex-secretário é citado na investigação como ex-presidente estadual do PSB e,
por isso, dono de bom relacionamento com os grupos políticos no Estado.
Cláudia Veras, que
deixa a secretaria de executiva de desenvolvimento e da articulação municipal,
foi presa preventivamente na fase atual da operação. Ela é suspeita de ser peça
chave no suposto esquema de corrupção que teria funcionado no governo durante
gestões socialistas.
Cláudia comandava a
secretaria de saúde do Estado quando teria ocorrido a maioria dos crimes
relatados na denúncia formulada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime
Organizado (Gaeco).
Ela teria contado, para isso, com o apoio da deputada
Estela Bezerra (PSB). A parlamentar conseguiu, com o voto da maioria dos
deputados estaduais, autorização para deixar a prisão nesta terça.
OPERAÇÃO
CALVÁRIO - JUÍZO FINAL
O governador da
Paraíba, João Azevêdo (sem partido), e o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB),
se tornaram alvos, na manhã desta terça-feira (17), de nova fase da Operação
Calvário, da Polícia Federal.
Contra Ricardo foi
expedido um mandado de prisão preventiva, mas ele está fora do país, em viagem
de férias.
No entanto, informou, em nota, disse que está retornando para a Paraíba.
João Azevêdo foi alvo de mandados de busca e apreensão, determinados para o
Palácio da Redenção - sede do governo estadual - e para a Granja Santana -
residência oficial do governador.
A ação investiga
organização criminosa suspeita de desvio de R$134,2 milhões de serviços de
saúde e educação.
A investigação identificou fraudes em procedimentos
licitatórios e em concurso público, além de corrupção e financiamento de
campanhas de agentes políticos e superfaturamento em equipamentos, serviços e
medicamentos.
Segundo a
"Operação Calvário - Juízo Final", do valor total desviado, mais de
R$ 120 milhões foram destinados a agentes políticos e às campanhas eleitorais
de 2010, 2014 e 2018
OUTROS ENVOLVIDOS
A deputada estadual
Estela Bezerra (PSB) também foi alvo de mandado de prisão preventiva e foi
encaminhada para a carceragem da Central de Polícia Civil.
Ainda na noite da
terça-fera, a Assembleia Legislativa da Paraíba decidiu revogar a prisão
preventiva da deputada estadual.
A decisão foi tomada pela maioria dos
deputados, através de uma votação secreta.
Quem também foi alvo de mandado de
prisão preventiva foi a prefeitura do município do Conde, Litoral Sul da
Paraíba, Márcia Lucena (PSB).
A deputada estadual
Cida Ramos (PSB) também esteve presente na denúncia que resultou na sétima fase
da Operação Calvário. Contra ele, foi expedido um mandado de busca e apreensão.
MP
IDENTIFICOU NÚCLEOS DA SUPOSTA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
O Ministério Público
apresentou a hierarquização e divisão da suposta organização criminosa que desviou
R$ 134,2 milhões de recursos da saúde e educação.
São quatro núcleos divididos
em político, econômico, administrativo e financeiro operacional.
*Núcleo político:
composto por ex-agentes políticos e agentes políticos.
*Núcleo econômico:
formado por empresas contratadas pela administração pública com a obrigação
pré-ajustada de entregarem vantagens indevidas a agentes públicos de alto
escalão e aos componentes do núcleo político.
*Núcleo administrativo:
integrado por gestores públicos do Governo do Estado da Paraíba que solicitavam
e administravam o recebimento de vantagens indevidas pagas pelos empresários
para compor o caixa da organização em favorecimento próprio e de seu líder.
*Núcleo financeiro
operacional: constituído pelos responsáveis em receber e repassar as vantagens
indevidas e ocultar a origem espúria.
(Do G1 PB)
OS BIXIM...
ResponderExcluirJoão Azevedo esta trabalhado muito digo porque viajo pela Paraíba é vejo a população elogiado o mesmo.
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