O ex-governador Ricardo Coutinho (PSB)
chegou na madrugada desta sexta-feira (20/12) na sede da Polícia Federal em
João Pessoa, após ser preso ao desembarcar no aeroporto de Natal (RN).
O advogado Eduardo Cavalcanti, que atua
na defesa de Coutinho, disse que vai aguardar pela audiência de custódia e que
Ricardo está bem e tranquilo.
“Ele se mostra surpreso e espera que seja
revogada essa prisão o mais rápido possível”, afirmou.
O ex-governador recebeu voz de prisão ao
descer de um voo internacional vindo de Lisboa, Portugal.
Contra ele havia um Mandado de Prisão Preventiva
em aberto no âmbito da Operação Calvário – “O Juízo Final”.
Coutinho, segundo o Ministério Público
da Paraíba (MPPB), é apontado como líder de uma organização criminosa que teria
desviado recursos em contratos firmados durante a gestão do socialista nas
Secretarias de Saúde e Educação.
O filho do ex-gestor, Rico Coutinho, foi
até à sede da PF deixar um ventilador e outros materiais para Ricardo.
Ele chegou só, mas conversou com alguns
militantes que estavam no local em ato de apoio ao presidente estadual do PSB.
As investigações em curso apontam para
um modo de atuação semelhante ao registrado em outras frentes de apuração como
a Operação Lava Jato.
A diferença é que, desta vez, os
envolvidos no esquema criminoso usaram organizações sociais (OSs) para
viabilizar o desvio dos recursos públicos.
A estimativa é que ao longo de oito
anos, somente em favor das duas OSs contratadas pelo estado para gerir os
serviços, o governo da Paraíba pagou R$ 1,150 bilhão.
A maior parte, R$ 980 milhões, foi
destinada à Cruz Vermelha e os R$ 270 milhões restantes para o Instituto de
Psicologia Clínica Educacional e Profissional.
Os colaboradores apontaram o
ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) como um dos principais integrantes da
organização criminosa, que se manteve na gestão do atual chefe do Executivo,
João Azevedo (sem partido).
Na área da saúde, as irregularidades
consistiram no direcionamento de contratos de prestação de serviços, na
aquisição de materiais e equipamentos de empresas integrantes do esquema e na
indicação de profissionais para trabalhar nas unidades hospitalares.
Já em relação à educação, há indícios de
fraudes em procedimentos que declararam inexigibilidades de licitação que
resultaram em contratos de cerca de R$ 400 milhões.
Desse total, R$ 57 milhões teriam sido
destinados ao pagamento de propina aos membros da organização criminosa.
Como exemplo, são mencionados indícios de
superfaturamentos em processos licitatórios relacionados à aquisição de
laboratório de ciências para escolas da rede estadual.
O sobrepreço atingiu, nesse caso, R$ 7,2
milhões.
(Por MaisPB)
Foto: Maurílio Júnior/MaisPB
O QUE ???? POLÍTICO BRASILEIRO LADRÃO ???? QUE NOVIDADE !!!! HÁ. HÁ. HÁ.
ResponderExcluirDemorou.Mas sabemos que daqui uns dias estará solto e se reelegendo...
ResponderExcluir