*Valor mudará no dia 1º.
*Correção
anterior, para R$ 1.039, ficou abaixo da inflação.
O presidente Jair Bolsonaro informou
nesta terça-feira (14/01) que o governo reajustará o valor do salário mínimo de
R$ 1.039 para R$ 1.045.
Segundo Bolsonaro, o valor valerá partir
de 1º de fevereiro.
O anúncio foi feito em uma entrevista
coletiva na sede do Ministério da Economia, onde o presidente se reuniu com o
ministro Paulo Guedes.
Segundo Bolsonaro, o reajuste será feito
via medida provisória, ato que tem força de lei imediatamente.
"Uma reunião tranquila, coordenada
pelo Paulo guedes. Tivemos uma inflação atípica em dezembro. Não esperávamos
que ela fosse tão alta assim. Foi basicamente da carne, e tínhamos que fazer
com que o valor do salário mínimo fosse mantido. Então, ele passa, via medida
provisória, de R$ 1.039 para R$ 1.045 a partir de 1º de fevereiro",
afirmou o presidente.
O objetivo com a medida é evitar perdas
inflacionárias.
Isso porque, ao fixar o valor do salário
mínimo em R$ 1.039, o governo se baseou na projeção do mercado financeiro para
o Índice Nacional de Preços ao Consumidor do ano passado.
O INPC serve de base para o cálculo do
salário mínimo.
Na semana passada, porém, o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o INPC ficou em
4,48%, acima do percentual previsto.
Com isso, na prática, o reajuste do
mínimo para R$ 1.039 ficou abaixo da inflação.
De acordo com o Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o valor do
salário mínimo serve de referência para 49 milhões de pessoas.
Segundo o ministro Paulo Guedes, o
"espírito" do anúncio desta terça-feira é garantir o poder de compra
do salário mínimo.
"O presidente manteve esse
espírito. O presidente já tinha aumentado em R$ 2 em janeiro acima da inflação
para pagar justamente um erro cometido no ano passado. A inflação veio um pouco
acima também [do esperado] e [o salário mínimo] ficou R$ 2 abaixo no ano
inteiro [de 2019]. Para não repetir isso, o presidente falou: 'Vamos já
corrigir a partir de fevereiro'", declarou Guedes.
(PorAlexandro Martello, G1 – Brasília)
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