terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

PROFESSOR É ESPANCADO EM SERRA BRANCA

*Crime foi motivado por causa de vídeo onde vítima aparece em cena de sexo na Praça da Cidade
*Crime é de tortura, homofobia e lesão corporal, diz PC
Um professor foi torturado no início da tarde desta segunda-feira (17/02) na zona rural de Serra Branca, no Cariri paraibano.
A vítima encontra-se internada no Hospital de Trauma em Campina Grande.

O professor de língua espanhola foi socorrido pelo SAMU.
Os hematomas estão visíveis no corpo de Luís Carlos Rodrigues Alves, de 47 anos.
Fotografias foram divulgadas nas redes sociais, logo após as agressões mostram o quanto ele apanhou.
Foram socos, pontapés, agressões com chicote, barra de ferro e pedaços de pau.
O professor disse que tudo foi motivado por causa de  vídeo onde ele aparece em cenas de sexo com dois parceiros numa Praça no Centro de Serra Branca durante uma madrugada neste final de semana.
Em seguida esse vídeo “bombou” nas redes e de uma hora para outra foi o assunto mais comentado e repercutido na região.

No Hospital de Trauma ele contou que errou em fazer tal ato em Praça pública, mas garante que as pessoas que estavam com ele eram adultas e não havia criança no entorno.
O professor disse que foi atraído para uma cilada.
Ele estava em casa e logo após o almoço, por volta do meio-dia, chegou à residência dele um rapaz pedindo ajuda para empurrar um carro.
Como o professor o conhecia, deu água e o ajudou com o carro.
A vítima percebeu que havia uma mulher com esse rapaz.
Para deixa-lo vulnerável e sem defesa, o professor acabou dirigindo o carro enquanto o rapaz o empurrava.
Mais adianta, conta Luís Carlos, visualizou mais três homens.
Foi então, segundo ele, que percebeu que havia algo errado e já era tarde.
Foram, conforme o professor, aproximadamente três horas de tortura e de luta desesperada pela vida.
Ele afirmou que conseguiu escapar correndo pelo mato, pulando cercas e se ferindo em arame farpado.
Luís Carlos afirmou também que seus agressores ainda gravaram o vídeo o obrigando a pedir desculpas pelo ocorrido na Praça.
O professor informou que gritou bastante pedindo socorro e recebeu ajuda de agricultores que ouviram seus apelos.
O SAMU foi acionado, assim como a polícia militar.
Homossexual assumido, Luís Carlos não tem dúvidas: foi vítima de homofobia.
Por um momento ele pensou que iria morrer.
O professor só espera que os culpados sejam punidos.
Um dos envolvidos foi preso e identificado como “Morrone”.
Em contato com o departamento de jornalismo da TV Borborema, o delegado seccional Cristiano Santana enfatizou que o crime é de tortura, homofobia e lesão corporal.
A conduta do professor também está sendo apurada, em relação ao ato realizado em local público (importunação ofensiva ao pudor).
O professor Odenilson Medeiros, vice-presidente da APLP – Associação dos Professores em Licenciatura Plena – disse  que a entidade está acompanhando o caso e vai dar todo apoio a Luís Carlos.
(Por www.renatodiniz.com)

Um comentário:

  1. que tempos moderno e esse onde os professores esta dando maus exemplo aos alunos no tempo do meu primário não se via esse tipo de professores.

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